Prólogo
Sempre como Batista, percebia que as
explicações sobre o modo como realizamos o batismo eram muito rasas e com
poucos argumentos, mas que de alguma maneira eram satisfatórias para mim e não
implicavam em algum impedimento para o exercício da minha fé.
Mesmo depois de ordenado ao ministério,
ainda não havia sido impelido a pensar sobre algumas questões que envolvem o
assunto de maneira mais aprofundada.
Agradeço a Deus por me oportunizar uma
situação onde me foi apresentado o contraponto da posição, que acredito ser
bíblico, com argumentos bem detalhados e cheios de embasamentos em diversas
matérias que envolvem o estudo da teologia, e de alguma forma, isso ter gerado
em mim um inconformismo por nunca ter pensado sobre o assunto de maneira mais
aprofundada.
Introdução
Primeiramente é preciso compreender o
conceito e definição que temos do que representa o rito do Batismo, baseados
nas Sagradas Escrituras.
Segundo a Confissão de Fé Batista de
Londres 1689, o batismo é um sinal de sua comunhão com Cristo, na sua morte e
ressurreição; de sua união com Ele; da remissão dos pecados; da consagração da
pessoa a Deus, através de Jesus Cristo, para viver e andar em novidade de Vida
(Federalismo 1689, capitulo XXIX, §1º).
O batismo é uma ordenança de Jesus após
a sua ressurreição dada aos Discípulos à Igreja local (Mt. 28.19-20). Quando
cremos em Jesus como nosso Senhor e Salvador, somos de forma imediata inseridos
pelo Espírito Santo (Penhor da nossa herança, Ef. 1.13) no invisível Corpo de
Cristo (Atos 11:17), e por meio do batismo em águas nos identificamos com o seu
Corpo Visível – a Igreja local. (Atos 18:8).
Ordenança nenhuma é um sacramento, no
sentido católico romano — “um canal mediador da graça” – No catolicismo, são
sete os canais mediadores de graça: batismo, confirmação, eucaristia,
penitência, unção dos enfermos, ordem e matrimônio. Mas, no sentido bíblico,
ordenança é um rito cerimonial simbólico que atesta ou confirma a graça
recebida internamente, pelo Espírito Santo, da parte do próprio Deus,
independentemente da igreja, mas por causa da fé na obra de Cristo (as
confissões reformadas aceitam apenas o batismo e a ceia como ordenanças ou
sacramentos).
O batismo é praticado por aquele que
confessa um sincero arrependimento do seu pecado, coloca sua fé em Jesus Cristo
e O recebe como Salvador e Senhor da sua vida.
Marcos 16:16 – “Quem
crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.”
Atos 2:41 – “Os que
aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca
de três mil pessoas.”
Atos 8:36,37 – “Prosseguindo
pela estrada, chegaram a um lugar onde havia água. O eunuco disse: "Olhe,
aqui há água. Que me impede de ser batizado? " Disse Filipe: "Você
pode, se crê de todo o coração". O eunuco respondeu: "Creio que Jesus
Cristo é o Filho de Deus".
Atos 18:8 – “Crispo,
chefe da sinagoga, creu no Senhor, ele e toda a sua casa; e dos coríntios que o
ouviam, muitos criam e eram batizados.”
Batismo é uma pública demonstração da
decisão que a pessoa tomou de seguir Jesus – como uma aliança de casamento – um
símbolo externo do compromisso feito primeiro no coração.
Sem dúvida alguma, a obediência a essa
ordenança configura no ponto mais importante da nossa concepção sobre o
assunto.
No entanto, existem algumas questões se
fazem necessárias nesse texto no que se refere a ordenança do batismo, para que
por meio de suas respostas tenhamos a compreensão clara quanto ao pensamento
bíblico sobre o assunto.
Questões Elementares
1 - O
que representava o batismo de João no contexto do Novo Testamento?
2 - Como
os 3 mil convertidos em Pentecostes, por ocasião da pregação de Pedro, se
batizaram (At. 2.41)?
3 - Como
foram batizados os convertidos na casa de Cornélio (At. 10.47-48)?
4 - Como
foram batizados os convertidos da casa do Carcereiro (At. 16.33)?
5 - Como
o Apóstolo Paulo foi batizado (Atos 9.18-19)?
Questão 1 - O que representava o batismo de João no
contexto do Novo Testamento?
A partir dessa primeira abordagem,
poderemos desenvolver o pensamento bíblico e neo-testamentário sobre o batismo.
Afinal, cremos na progressividade da revelação e como tudo convergiu desde a
antiguidade para a nova e eterna aliança realizada em Cristo.
O homem escolhido por Deus para
anunciar a chegada do Messias teve uma carreira de pouca duração, mas de grande
impacto. João Batista pregou uma mensagem de arrependimento e da vinda do reino
dos céus (Mateus 3:2). Dois mil anos depois, leitores da Bíblia ainda lutam
para compreender o papel do batismo que João pregava. Para que serviu este
batismo?
Atos 19:1-5 – “Enquanto
Apolo estava em Corinto, Paulo, atravessando as regiões altas, chegou a Éfeso.
Ali encontrou alguns discípulos e lhes perguntou: "Vocês receberam o
Espírito Santo quando creram? " Eles responderam: "Não, nem sequer
ouvimos que existe o Espírito Santo". "Então, que batismo vocês
receberam? ", perguntou Paulo. "O batismo de João", responderam
eles. Disse Paulo: "O batismo de João foi um batismo de arrependimento.
Ele dizia ao povo que cresse naquele que viria depois dele, isto é, em
Jesus". Ouvindo isso, eles foram batizados no nome do Senhor Jesus.”
Percebemos nessa passagem, que o
batismo de João não consistia ainda no batismo cristão, ou seja, o batismo
praticado pela igreja primitiva. Ao que tudo indica, seria algo momentâneo,
destinado a um período específico.
João pregou o "batismo de
arrependimento para remissão de pecados" (Marcos 1:4; Lucas 3:3) e
realizava estas imersões nas águas do rio Jordão dentre outros (Marcos 1:5;
João 1:28; 3:23).
Primeiro como sabemos que o ato
realizado por João era de fato “imersões”? O termo batismo no seu original é
“Baptismo” – Consistindo nos processos de Imersão, submersão e emersão
(derivado de baptõ, “imergir”). O termo é utilizado no texto
original para designar o batismo realizado por João. Vamos compreender mais
profundamente seguindo as explicações no texto a seguir.
Segundo, o que significa a expressão
designada ao profeta "batismo de arrependimento para remissão de
pecados"? No batismo, o elemento externo (simbólico) essencial para
significar a graça do perdão dos nossos pecados recebida internamente é a água.
Um dos significados do batismo é a lavagem pela água, que aponta para a
purificação que temos em nós e que nos é aplicada pelo Espirito Santo. Tito
3:5 - “Não por causa de atos de justiça por nós
praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador
e renovador do Espírito Santo.” Efésios 5.26 – “Para
santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra”.
João Batista fazia parte de uma classe
de profetas ligado ao contexto judaico do Antigo Testamento. Portanto, o rito
praticado por ele estava relacionado diretamente a purificação cerimonial da
antiga aliança, que preparava a todos para o encontro com o Messias e apontava
para a purificação espiritual que realizaria sobre o seu povo por meio do seu
sacrifício. Por essa razão, João desempenhou um importante papel na revelação,
sendo o elo que liga as práticas judaicas da velha aliança a pessoa do Cristo.
O baptismo - imersão - não é contudo
uma iniciativa cristã, mas antes uma prática judaica seguida ao longo de
gerações, muito antes da vinda de Jesus à terra. De facto, os próprios
sacerdotes tinham de ser mergulhados - baptizados - em água, como parte da sua
consagração ao serviço divino - Êxodo 29:4.
No Judaísmo antigo, havia um lugar
comumente conhecido por Mikveh ou Mikvah, que nada
mais era do que um tanque ou poço cheio de água preparado para uma imersão
ritual, com propósito de purificação. A Torá descreve esse processo de
purificação, ordenando que a pessoa impura faça uma imersão num Micvê. Porém a
Micvê não poderia conter qualquer tipo de água, mas águas vivas, oriundas de um
rio, de chuvas ou degelo da montanha. Por isso foi permitido a construção de
canais que coletassem águas vivas para abastecer as Micvês da cidade. Na
tradição Judaica, que remonta desde os primórdios, o micvê proporciona ao
indivíduo, à comunidade e ao povo Judeu pureza e santidade.
Essa prática era também aplicada a
Mulheres no término do seu ciclo menstrual, homens após a ejaculação e a
prosélitos, ou seja, estrangeiros convertidos ao judaísmo.
Veja-se por exemplo o caso do sírio
Naamã, que mergulhou 7 vezes no rio Jordão, tendo ficado limpo da sua lepra (II
Rs. 5.10), e do convite ao baptismo feito por João Batista e que levou milhares
a descerem às águas para serem imersos como demonstração de arrependimento dos
seus pecados e preparação individual para a entrada no Reino de Deus (Jo.
3.23).
O baptismo cristão seguiu inicialmente
o rito judaico da purificação - em que a pessoa descia sozinha os degraus do
tanque - mikveh, e mergulhava sozinho 3 vezes seguidas, no sentido vertical,
como forma cerimonial e simbólica de purificação, ficando assim
"puro" para oferecer a sua oferta sacrificial no Templo de Jerusalém.
Nenhum homem podia subir ao Templo de Jerusalém para oferecer um sacrifício ou
ministrar ao Senhor sem antes passar pelo mikveh, simbolizando dessa forma a
sua purificação pessoal.
Então porque Jesus, sendo o Messias
prometido, foi batizado? Uma vez que ele não possuía pecado algum para ser
purificado.
Como dissemos anteriormente, o ritual
de purificação por imersão nas águas, fazia parte também do ato de Consagração
do Sacerdote.
Muitos eram os rituais de preparação
que os sacerdotes deveriam realizar antes de se achegarem à presença de Deus.
Uma parte dos rituais era a lavagem com água, que simbolizava pureza e
perfeição.
“Então, farás chegar Arão e seus filhos
à porta da tenda da congregação e os lavarás com água” (Êx 29.4). A
imersão era total, segundo o mandamento bíblico "toda a sua carne banhará
com água" (Levítico 15:16).
Após essa etapa, vinha a unção com
azeite (Êx 30.23-33). O azeite da unção deveria ser derramado sobre a cabeça de
Arão e seus filhos, e assim, ungi-los para o exercício do oficio.
Por fim, era necessário que antes de
ministrar em favor do povo, o sacerdote oferecesse sacrifícios de holocausto
por sua própria vida. Arão e seus filhos deveriam levar um cordeiro, sem mancha
ou defeito, diante do altar (Êx 29.10-18).
Esse processo de consagração do
sacerdote, era praticado principalmente na época do “Yom Kippur”, segundo a tradição,
“O Dia do Perdão”, onde uma vez por ano se realizava sacrifício por toda a
nação de Israel.
Desta maneira, Jesus Cristo, sendo
nosso sumo sacerdote, simbolicamente se submete ao rito da purificação
realizado por João Batista, não para remir-se de algum pecado, mas para
demonstrar sua preparação para o Oficio designado, cumprindo não apenas uma
etapa do processo mas, com a descida do Espirito Santo, simbolizando a unção
com óleo do passado, recebe a aprovação do Pai, para em seguida oferecer-se em
sacrifício pelo seu povo.
Hebreus 6:19,20 - “Temos
esta esperança como âncora da alma, firme e segura, a qual adentra o santuário
interior, por trás do véu, onde Jesus, que nos precedeu, entrou em nosso lugar,
tornando-se sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.”
Questão 2 - Como os 3 mil convertidos em
Pentecostes, por ocasião da pregação de Pedro, se batizaram (At. 2.41)?
Com base nas respostas dadas a
questão anterior seguimos em frente em busca de obter maior clareza nos
princípios bíblicos que estão por trás da ordenança do Batismo.
Muitos estudiosos da Bíblia
questionam-se como seria possível num só dia baptizar 3 mil pessoas em
Jerusalém, sem que ali passasse nenhum rio, nem existisse nenhum lago ou mar
nas imediações.
Cinquenta dias depois da Páscoa judaica
que o Messias Jesus celebrou com os Seus discípulos, a Sua promessa de enviar o
Espírito Santo para baptizar os Seus seguidores (discípulos) cumpriu-se
exatamente durante a Festa das Semanas - Shavuot - conhecida como "Pentecostes".
Conforme o relato bíblico de Lucas,
naquela manhã, o Evangelho foi proclamado pelo apóstolo Pedro junto com 120
judeus reunidos naquele Cenáculo, em muitas línguas, tendo todos os milhares de
ouvintes escutado e entendido as maravilhas de Deus, cada um conforme seu
idioma.
Como resultado da conversão de 3000
pessoas, e seguindo o mandamento dado pelo Messias, todas aquelas pessoas foram
baptizadas naquele mesmo dia, obviamente na cidade de Jerusalém.
A pergunta então é: Visto que o rio
mais próximo é o Jordão, próximo de Jericó, e não havendo meios de transporte
capazes, como seria possível baptizar todas aquelas pessoas num curto espaço de
tempo?
Mikveh do Primeiro Século em Jerusalém |
Os arqueólogos têm
recentemente realizado muitas escavações à volta do lugar do antigo Templo de
Jerusalém e têm trazido à luz cerca de 50 tanques de imersão - mikvehs - que
eram utilizados pelos judeus na época do Segundo Templo, portanto na época em
que Jesus vivia nesse mundo.
O respeitado historiador Flávio Josefo
descreveu que mesmo durante o período das guerras com os judeus - 66 à 73 d.C.
- as leis dos rituais de purificação continuaram a ser escrupulosamente
seguidas pelos judeus, obviamente nestes mikvehs agora descobertos.
Desta forma, distribuindo aquelas 3 mil
pessoas pelos vários tanques de imersão, o baptismo das mesmas seria uma
questão de poucas horas - talvez durante as primeiras horas da tarde, tendo em
vista que havia um critério rigoroso para a construção. Dentre outros
critérios, o tamanho deveria ser uniforme e capaz de abrigar até 10 pessoas no
seu interior.
Esta questão perturbou os estudiosos da
Bíblia durante séculos, levando alguns até a defender o baptismo por
"aspersão", uma vez que não conseguiam explicar o baptismo de tantas
pessoas num só dia. Obviamente que o único baptismo praticado na época era o da
imersão total do corpo, e o mistério fica agora resolvido com a impressionante
descoberta destas 50 mikvehs à volta das ruínas do Templo.
Muitas mais poderão ainda surgir, à
medida que a arqueologia for escavando mais espaços, mas estas 50 mikvehs já
bastariam para que 3.000 novos discípulos de Jesus cumprissem a sua ordenança
de "crer e ser baptizado."
Questão 3 - Como foram batizados os convertidos na
casa de Cornélio (At. 10.47-48)?
Afinal de contas, quem foi
Cornélio e como se converteu juntamente com todos da sua casa?
Cornélio foi um centurião romano
convertido ao cristianismo no século 1 d.C. na época em que os apóstolos
lideravam a Igreja Primitiva. Ele é o primeiro gentio registrado nominalmente
no Novo Testamento a ser convertido ao cristianismo. A história de Cornélio
está registrada no capítulo 10 do livro de Atos dos Apóstolos.
Cornélio era um oficial do exército
romano que liderava uma companhia de aproximadamente cem soldados a pé chamada
de “centúria”. Em uma legião romana havia sessenta centuriões. Além de
Cornélio, outros três centuriões são mencionados com certo destaque no Novo
Testamento (Mateus 8:5-13; 27:54; Atos 27:1,8,43).
Morava na cidade de Cesaréia da
Palestina, a capital da Judeia que estava sob o comando dos procuradores
romanos e que ficava a cerca de cem quilômetros de Jerusalém. Nessa cidade
existiam prédios imponentes e um porto, e devido à mistura étnica de sua
população, os atritos entre judeus e gentios eram comuns. O evangelista Filipe
morou nessa cidade, e mais tarde o apóstolo Paulo ficou aprisionado ali durante
o comando dos procuradores Félix e Festo (Atos 23:23-26:32).
Cornélio era um gentio, e é descrito
pelo evangelista Lucas em Atos como um homem “piedoso e temente a Deus, com
toda sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuo, orava a
Deus” (Atos 10:2).
Alguns estudiosos, com base nessa
descrição, sugere que ele era um prosélito do judaísmo, enquanto que outros
defendem que ele era apenas um homem que havia reconhecido o Deus de Israel
como verdadeiro Deus e estava familiarizado com as práticas religiosas dos
judeus, mas não era exatamente um prosélito.
A conversão de Cornélio foi muito
significativa no contexto do livro de Atos dos Apóstolos, pois tornou evidente
que os cristãos gentios também receberam o Espírito Santo. Na verdade a
conversão que ocorreu na casa de Cornélio foi tão importante que é mencionada
duas vezes em Atos.
A primeira vez encontra-se no capítulo
10, onde relata a ocasião da conversão, e a segunda no capítulo seguinte, 11,
onde o próprio apóstolo Pedro explica o caráter miraculoso de sua ida até
Cesaréia onde Cornélio estava.
Além disso, o próprio apóstolo fez
alusão à conversão de Cornélio durante sua defesa no Concílio de Jerusalém,
enfatizando que o derramamento do Espírito Santo entre os gentios significa que
a salvação de Deus era unicamente pela graça, ou seja, não estando dependente
de qualquer observância da Lei de Moisés (Atos 15:7-11).
Apesar de Cornélio ser descrito como
alguém que temia ao verdadeiro Deus, certamente ele não havia tido contato
direto e explicito com o Evangelho de Cristo. A Bíblia diz que Cornélio teve
uma visão de um anjo de Deus que lhe ordenou a mandar chamar Simão Pedro, o
apóstolo, e que este lhe explicaria sobre a salvação.
Cornélio enviou homens até Jope, a
cidade em que o apóstolo estava vivendo naquela ocasião, e que ficava a
aproximadamente cinquenta quilômetros de Cesaréia da Palestina. No dia
seguinte, o apóstolo Pedro teve um arrebatamento de sentidos na qual viu o céu
aberto, e um vaso, como se fosse um lençol atado pelas pontas, descendo em
direção a terra, e contendo “todos os animais quadrúpedes e feras e répteis da
terra, e aves do céu” (Atos 10:13).
Então Pedro ouviu uma voz que lhe
ordenava a matar e comer aqueles animais, mas ele se recusou dizendo que nunca
havia comido coisa alguma comum e imunda. Pedro então foi advertido a não
considerar imundo o que Deus purificou.
Isso aconteceu por três vezes até que o
vaso foi recolhido ao céu. Pedro ficou bastante pensativo com relação àquela
visão, buscando entender seu significado. Mais tarde, quando foi então
conduzido à casa de Cornélio, ele entendeu que aquela visão se referia ao fato
de que Deus não faz acepção de pessoas, e que a pregação do Evangelho e a salvação
pela graça mediante a fé em Jesus Cristo é tanto para judeus como para gentios
(Atos 10:28-36).
Então o apóstolo pregou sobre a
salvação através de Jesus Cristo, e do perdão de pecados para aqueles que creem
em seu nome, conforme todos os profetas deram testemunho. Ao dizer essas
palavras, o texto bíblico informa que descera o Espírito Santo sobre todos os
que ouviam.
Os cristãos judeus que estavam
acompanhando o apóstolo Pedro ficaram maravilhados quando perceberam que o dom
do Espírito Santo foi derramado sobre os gentios, igualmente como havia sido
derramado entre os cristãos de Jerusalém em Pentecostes (Atos 2).
O texto termina mostrando que o
centurião Cornélio e os demais gentios de sua casa foram batizados em nome do
Senhor Jesus, deixando claro que Deus tem apenas um único povo, e que o chamado
de sua graça não está baseado em qualquer distinção de nacionalidade. Ali era a
internacionalização da Igreja, onde judeus e gentios formam um único corpo.
O texto que faz Referência ao batismo
de cornélio é Atos 10:47,48 – “"Pode alguém negar a
água, impedindo que estes sejam batizados? Eles receberam o Espírito Santo como
nós! " Então ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Depois
pediram a Pedro que ficasse com eles alguns dias.”
Como é possível observar no texto
citado, Pedro concordando que assim como esses puderam se tornar participantes
do Espirito, fossem também participantes no baptismo pelas águas. “Então
ordenou que esses fossem batizados”, observe atentamente o que o texto diz,
não ficando claro onde exatamente seria esse lugar.
Casa de banho luxuosa em Cesaréia com piscinas de ofurô. Ao lado de residências da Aristocracia Romana. |
A cidade de Cesaréia era também
conhecida como Cesaréia Marítima, um lugar habitado pela aristocracia romana,
repleto de casas de banho luxuosas com muitas piscinas e tanques de ofurô.
Como citado acima, o mais provável é
que os cristãos que acompanhavam a Pedro obedeceram a sua ordem e esses foram a
um lugar próximo propício para realização dos batismos, seguindo o mesmo
principio praticado em Jerusalém.
Acredito que argumentar sobre uma forma
distinta de batismo, diferente da imersão total na água, usando o caso de
Cornélio como argumento, é absolutamente frágil e inapropriado.
Questão 4 - Como foram batizados os convertidos da
casa do Carcereiro (At. 16.33)?
Antes de qualquer coisa, é
preciso considerar duas coisas na história da conversão do carcereiro (Atos
16:16-40). Primeiro, precisamos considerar o método de Deus e, depois,
consideraremos a salvação de Deus.
O método de Deus para alcançar uma alma
perdida deve nos maravilhar. Paulo e Silas estavam em viagem para pregar o
evangelho no coração do mundo romano. De Trôade eles tiveram uma visão de um
homem da Macedônia, chamando-os para virem auxiliá-los. Na sua chegada a
Filipos, a principal cidade da Macedônia, eles encontraram somente um grupo de
mulheres reunidas para orar. Não havia sinagoga de judeus, e até onde
percebemos, nenhum homem era temente a Deus. De fato, nenhum era enquanto Paulo
e Silas que foram espancados com varas e metidos na prisão, onde os próprios
homens que os mantinham cruelmente presos em troncos e correntes se converteram
ao Senhor.
Há duas coisas que devemos ver no
método de Deus:
Deus repetidamente abriu a porta do
evangelho para as pessoas mais improváveis. Muito freqüentemente estamos
esperando que os "justos" sejam salvos, quando é o pecador que
necessita mais do médico. Paulo e Silas estavam cumprindo a ordem de Jesus para
pregar o evangelho a toda criatura (Marcos 16:15). Fosse o César em Roma, um
rabi judeu, ou um carcereiro em Filipos, todos eles careciam ouvir o evangelho
da salvação. Quantos de nós teria visto uma tal oportunidade em circunstâncias
semelhantes?
O método de Deus é visto na atitude de
seus servos. Depois de serem espancados e amarrados, Paulo e Silas poderiam
justamente estar resmungando contra a injustiça de sua condição. Mas, em vez
disso, sua resposta foi cantar e orar. Não, eles não cantaram e oraram
quietamente, mas o fizeram para que os prisioneiros estivessem ouvindo-os.
Paulo mais tarde se chamaria "um prisioneiro de Jesus Cristo". Os
romanos não o tinham amarrado, ele era um prisioneiro de Jesus. Somente com
esta atitude o mundo será conquistado para Cristo.
Agora chegamos à salvação de Deus. Há
três frases que devemos considerar: "Senhores, que devo fazer para ser
salvo?" Este é o grito de uma alma que esteve face a face com a eternidade
e não gostou do que viu. É a pergunta que o Senhor gostaria que cada homem
fizesse. Como nós, que somos cristãos, ansiamos para que alguém nos faça esta
pergunta! Mas isso não acontecerá até que tenhamos a ousadia de Paulo e Silas.
Quanto mais nos dispormos a propagação do Evangelho, maior será a oportunidade
desta pergunta ser feita a nós.
"Crê no Senhor Jesus e serás
salvo...." Precisamos destacar que este mandamento é um chamado ao
compromisso. Paulo está dizendo ao carcereiro que sua salvação depende de sua
completa confiança em Jesus Cristo como o Mestre de sua vida. Enquanto este
passo não for dado, nada mais importa. Alguns diriam que o que Paulo exigiu do
carcereiro foi uma declaração verbal de sua crença em Jesus. Quem quer que
tivesse lido o livro de Atos até este ponto, saberia que isto não é verdade.
Nenhuma conversão envolveu uma simples
confissão de Jesus como Senhor. De fato, quando o Senhor estava na terra,
demônios repetidamente confessaram-no como Filho de Deus, contudo demônios não
são salvos (Tiago 2:19). E mais, lendo Atos 16:32-34, ficamos sabendo que Paulo
não disse somente "Crê no Senhor Jesus". Ele continuou falando da
palavra do Senhor e naquela mesma hora da noite o carcereiro e toda sua casa
foram batizados.
Há somente uma conclusão que pode ser
tirada daquela declaração: dizer a uma pessoa que creia no Senhor e então
ensinar-lhe a palavra de Deus, resultará em ser batizada. Se o batismo não é
uma parte importante da vida cristã, então por que eles foram batizados
"naquela mesma hora da noite"? De fato, afinal por que foram
batizados? "manifestava grande alegria, por terem crido em Deus...."
Agora observe isto cuidadosamente.
Paulo disse ao carcereiro para crer. Paulo então ensinou-lhe a palavra do
Senhor, resultando no batismo do carcereiro e de toda sua casa. Isto é
exatamente o que o Senhor ensinou em Marcos 16:16 quando disse: "Quem crer
e for batizado será salvo". Esse pensamento é central dentro da visão
“credobatista”.
Alguns argumentam que o Apóstolo Paulo
batizou o carcereiro (At. 16:33) por aspersão por que imaginam não ter tido
água suficiente na prisão para batizá-lo por imersão. Com base em tudo que
estamos apontando ao longo deste texto, teria Paulo seguido um padrão diferente
de batismo daquele que certamente foi ordenado por Jesus e praticado pelos
demais apóstolos? Haveria alguma contradição entre eles?
Atos 16:29-33 – “O
carcereiro pediu luz, entrou correndo e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e
Silas. Então levou-os para fora e perguntou: "Senhores, que devo fazer
para ser salvo? " Eles responderam: "Creia no Senhor Jesus, e serão
salvos, você e os de sua casa". E pregaram a palavra de Deus, a ele e a
todos os de sua casa. Naquela mesma hora da noite o carcereiro lavou as feridas
deles; em seguida, ele e todos os seus foram batizados.”
A expressão “batizados” que aparece em
Atos 16:33 vem do termo grego “baptizo” e significa “mergulhar
repentinamente”. Portanto, isso indica que o batismo no cárcere ocorreu por
imersão.
Mais uma vez a arqueologia vem para
confirmar ou esclarecer aquilo que acreditamos ser bíblico. As cadeias da época
eram divididas em duas partes: o cárcere externo e o cárcere interno. Na parte
externa os presos desfrutavam de mais liberdade, podendo andar e receber
visitas. Já na parte interna o aprisionamento era bem mais rígido, e geralmente
reservado aos prisioneiros mais perigosos. A prova disto é que o carcereiro
colocou as pernas de Paulo e Silas no tronco, para que se tornasse impossível
qualquer possibilidade de fuga. Também sobre a parte interna, era normalmente
localizado abaixo de uma prisão normal. Lugar com pouca entrada de ar e luz,
úmido e algumas vezes fétido.
Fonte existente no interior de uma prisão Romana |
Onde Paulo batizou o carcereiro (Atos
16:33), parte externa da prisão, havia uma fonte ou uma cisterna (reservatórios
de água cavado na terra e forrado com pedras – comuns em cárceres romanos),
onde facilmente se poderia realizar o batismo nas águas.
Terminado o batismo, todos subiram para
a casa do carcereiro, que lhes preparou uma refeição e se
alegrou muito, com toda a sua casa, por terem crido em Deus.
Quando amanheceu, os magistrados
mandaram os seus oficiais até a prisão com a ordem para soltar Paulo e Silas. O
carcereiro comunicou a Paulo a ordem que havia recebido, e disse aos dois que
saíssem e fossem em paz.
Decerto para a surpresa de todos, Paulo
revelou que tanto ele quanto Silas eram cidadãos romanos, e que, sem serem
condenados por julgamento dum tribunal competente, foram ultrajados e lançados
na prisão pelos magistrados. Não era cabível que fossem agora livrados às
escondidas. Os próprios magistrados teriam que vir até a prisão para tirá-los.
Quando os magistrados ouviram que eram
cidadãos romanos, eles temeram as consequências que poderiam sofrer por esse
ato ilegal que haviam cometido, e foram até a prisão pedir desculpas. Depois de
tirá-los de lá, os magistrados rogaram a Paulo e Silas que se
retirassem da cidade (pois estavam com medo de alguma vingança).
Após saírem da prisão, Paulo e Silas
foram para a casa de Lídia, onde se reuniram com os irmãos e, depois de
encorajá-los, partiram de Filipos.
Tudo serviu para contribuir com a
pregação do Evangelho ali. O propósito de Deus com aqueles acontecimentos era
estabelecer e fortalecer sua Igreja naquela cidade.
Essa é a história da fundação da igreja
de Filipos. Nessa história podemos ver como nosso Deus é Soberano e seus planos
infalíveis. Ele poupou a vida de Paulo e Silas na ocasião do tumulto, tortura e
prisão, porém não os poupou do sofrimento. Apesar disso, os dois missionários
entendiam que Deus estava no controle de tudo, e ao invés de questionarem o
Senhor, eles O adoraram.
Questão 5 - Como o Apóstolo Paulo foi batizado
(Atos 9.18-19)?
O apóstolo Paulo, ainda se chamava
Saulo quando resolveu ir até a cidade de Damasco para prender seguidores de
Jesus Cristo que estavam espalhando suas doutrinas por diversas cidades (Atos
9.1-2).
No caminho, Saulo viu uma luz brilhante
que o derrubou. Uma voz ecoou dessa luz e se identificou como sendo Jesus
Cristo, a quem Saulo estava perseguindo. Jesus disse a Saulo que entrasse na
cidade, pois ali saberia o que fazer. Levantando-se não podia enxergar nada.
Ficou, então, três dias sem enxergar, nos quais nada comeu e nada bebeu,
ficando em um jejum total (Atos 9.3-9).
Jesus aparece em uma visão a um de Seus
discípulos chamado Ananias e o manda ir até a casa de um tal de Judas, que
ficava em uma rua chamada Direita, onde encontraria Saulo de Tarso. Ananias, a
principio, resiste devido à fama de perseguidor de cristãos de Saulo, porém,
Deus revela a ele que o tal Saulo, perseguidor da igreja, foi escolhido por Ele
para ser um missionário (Atos 9.10-16).
Ananias vai até a casa onde estava
Saulo e diz a ele tudo quanto o Senhor havia ordenado. Nesse momento Saulo
volta a enxergar (Atos 9.17-18).
Agora vem o detalhe interessante sobre
o batismo de Paulo: “Imediatamente, lhe caíram dos olhos como que umas escamas,
e tornou a ver. A seguir, levantou-se e foi batizado.” (Atos 9.18).
Considerando o contexto, Paulo estava na casa de Judas, na rua chamada Direita
(que passava pelo centro da cidade de Damasco), sem comer e sem beber a três
dias.
Parece evidente que o batismo de Paulo
foi realizado ali mesmo. Na sequência relatada no texto, ele tornou a ver,
estava possivelmente deitado nessa hora. Em seguida se levantou e foi batizado.
Considerando que o texto não menciona que houve um deslocamento até um lugar
onde houvesse a possibilidade de batizar alguém por imersão e considerando que
Paulo estava enfraquecido pelo seu jejum prolongado, parece bem difícil
defender que o batismo de Paulo tenha sido feito por imersão em uma casa que
ficava em uma rua no centro de Damasco ou que ele tenha se deslocado para algum
outro lugar para ser batizado por imersão (coisa que o texto não menciona).
No entanto, é sensato para qualquer
estudioso da Bíblia considerar aqui uma observação e duas possibilidades em que
irei propor logo a seguir.
Primeiro, a Observação. Analisando
todos os argumentos descritos no texto redigido até aqui, percebemos de forma
bastante coerente a maneira como transcorreu as mudanças de período envolvendo
a velha Aliança e a nova Aliança que se concretizou na pessoa de Jesus Cristo,
tendo João Batista como peça fundamental para essa transição e todas as
implicações teológicas que já abordamos anteriormente. Vimos também que os
Apóstolos seguiram um padrão para obedecer a ordenança do batismo, baseado
semelhantemente ao rito de purificação Mikveh do judaísmo antigo, e também
todos os textos que fazem referência a muitas águas necessárias para realização
do rito. Chegamos a conclusão que até mesmo no caso do carcereiro, mais
adiante, o próprio Paulo segue o padrão praticado pelos demais apóstolos.
Seria por acaso, coerente da parte do
Apóstolo Paulo ser batizado de uma maneira diferente daquela que é praticada
pelos demais apóstolos? Todos os batismos seguem um padrão, e apenas o batismo
de Paulo segue um rito realizado de forma diferente dos demais? Não me parece
correto acreditar nisso.
Agora vamos analisar duas
possibilidades. A primeira é que houvesse alguma espécie de fonte ou tanque,
utilizados pelos moradores da cidade para retirar água. O texto nos diz, no
verso 18b: “Levantando-se foi batizado.” Isso não implica em
nada sobre a forma, o que nos daria abertura para inferir sobre a maneira mais
coerente a ser praticada.
Não vou me prender a essa primeira
possibilidade, pois acredito que não seja correto lidar com o texto assim. Pois
como expositor das Escrituras, devo me preocupar necessariamente com a intenção
do autor ao escrever o texto e a fidelidade com a linha de raciocínio que o
autor imprime aos seus leitores.
Por essa razão aponto para a segunda
possibilidade, em que eu acredito ser a mais correta. Preste
bastante atenção a esse texto.
Atos 9:17 – “Então
Ananias foi, entrou na casa, impôs as mãos sobre Saulo e disse: "Irmão
Saulo, o Senhor Jesus, que lhe apareceu no caminho por onde você vinha,
enviou-me para que você volte a ver e seja cheio do Espírito Santo".
Em que consistia a missão de Ananias
naquela casa? “...enviou-me para que você volte a ver e seja cheio do
Espírito Santo".
Tudo o que acontece no verso 18
seguinte, aponta exatamente para aquilo que Ananias veio fazer naquela casa.
Imediatamente, algo como escamas caíram dos olhos de Paulo e ele voltou a ver,
e em seguida ele se levantou e foi batizado.
De forma bem clara, creio que o batismo
citado acima do apóstolo Paulo, não seja o batismo em águas, porém, o batismo
do Espírito Santo.
1 Coríntios 12:13 – “Pois
em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus,
quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um
único Espírito.”
Entendemos que Batismo, é um rito de
iniciação ou introdução. Portanto, batismo pelo Espirito Santo, é portanto a
maneira como Deus pelo seu Espirito nos recebe como seus filhos e nos introduz
ao corpo de Cristo, a Igreja.
Era exatamente o que estava acontecendo
com Paulo naquele contexto. Em Damasco, o até então Saulo recebe o batismo por
meio do Espirito Santo e agora se torna discípulo de Jesus. Ele também muda de
nome, passando a chamar-se Paulo. Ele exercerá papel decisivo na expansão do
Evangelho de Cristo entre as nações e será reconhecido pelo título de Apóstolo
dos Gentios. Mas antes de tudo isso se concretizar, ele teria de passar por um
processo de aprendizado e crescimento, até iniciar a sua brilhante carreira
nessa terra.
E para finalizar esse ponto, afirmo
aqui que não há registro em nenhuma passagem das Escrituras que mencione o
batismo pelas águas de algum dos apóstolos. Por que seria diferente com o
apóstolo Paulo, no caso de seu batismo ser pelas águas e não pelo Espírito?
Conclusão
Chegando ao fim desse texto,
concluímos que o mais importante dentre tudo que foi dito é a obediência a
ordem expressa pelo Senhor Jesus ao seus discípulos de ir e fazer discípulos de
todas as nações. Sem dúvida, isso configura com o que há de mais central na
missão da igreja.
Fazer com que milhares de pessoas
deixem o aspecto de ser parte de uma “multidão” simplória que acompanha Jesus
para todos os lados, e assumam o mais nobre e verdadeiro compromisso de ser
discípulo. Disposto a amá-lo acima de tudo, sofrer como ele sofreu e renunciar
a qualquer coisa, para que o Nome dele seja honrado.
No entanto, não podemos negar os fatos
e argumentos históricos, arqueológicos e teológicos de que a maneira praticada
pelos apóstolos no batismo (imersão) seguiu um padrão que traz a luz muitos
sentidos.
Um sinal externo da nossa comunhão com
Cristo, na sua morte e ressurreição; de sua união com Ele; da remissão dos
pecados; da consagração da pessoa a Deus, através de Jesus Cristo, para viver e
andar em novidade de Vida.
Espero que com esse singelo trabalho,
resumido a cinco respostas, possa de alguma maneira te provocar a, assim como
eu, partir em busca de bases bíblicas para diversas indagações que nos são
feitas e que geram um inconformismo por nunca termos pensado nisso antes.
Ministrado por:
Pr. Alysson Diniz
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