Deixa eu te dizer...

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Orando por uma vida cristã saudável - Colossenses 1.9-12



A cidade de Colossos localizava-se na Ásia Menor, numa região que hoje pertence á  atual Turquia. Distância de aproximadamente 200 km da cidade de Éfeso.
Em Colossos havia um pequeno número de cristãos que se havia formado a partir das visitas e pregações de Epafras, um dos cooperadores do Apóstolo Paulo.
Mas onde Cristo começa a agir também satanás não demora a entrar em ação.
E este logo tratou de levar a cidade de Colossos homens que iriam introduzir ensinos sectários.
Tais propagadores ensinavam que os anjos eram dignos de veneração.
Ensinavam também a guarda do sábado, a circuncisão e a abstenção de certos alimentos (2.16-18).
A essência de sua crença consistia em dizer que somente a fé em Jesus era insuficiente para a salvação.
Por isso acrescentaram mais algumas leis a serem observadas a fim de que os colossenses se tornassem agradáveis a Deus.
Epafras ficou abalado com a inquietante confusão provocada pelo falso ensino.
Viajou até Roma, onde procurou a orientação do Apóstolo Paulo e embora não conhecesse pessoalmente aquela igreja, colocou-o a par das ocorrências.
Juntos eles intercederam a Deus pelos Colossenses.
Oraram em vista dos perigos sectários que haviam infiltrado naquela comunidade.

O que nos ensina esta oração de Paulo?

A palavra seita é de origem latina: “secta”. Comumente derivada de “sectare”, que significa “cortar” ou “separar”.
Neste caso a separação seria a das igrejas cristãs originais.
Ou, mais correto seria derivá-la do latim “sequor”, que significa “seguir.
Sectários seriam, então, pessoas que seguem alguém. Convém sempre levantar a pergunta: Estarão os sectários seguindo a Jesus Cristo e a seus ensinos?
Se assim não for estarão seguindo ideologias ou pessoas humanas e, portanto, sujeitos a erros e enganos fundamentais.
Olhando para a situação dos colossenses, vemos que em nosso contexto atual o aparecimento e a infiltração de seitas nas comunidades cristãs não é novidade.
A existência de sectários (adeptos de uma seita) é tão antiga quanto à existência da comunidade cristã.
A criação de seitas é uma das armas mais sutis e, por isso mais perigosas que satanás usa contra a igreja.
Isso por que os seus adeptos, ao invés de condenarem a Bíblia (o que logo alarmaria os cristãos) a estudam e a conhecem aparentemente muito bem.
Mas em vez de serem iluminados pelo Espírito Santo, para compreenderem a verdade, introduzem nela e nas suas pregações as suas próprias idéias enganosas.
Esta estratégia é o maior sucesso de Satanás.
Nem a mais cruel perseguição cristã conseguiu levar tantas pessoas a desistirem do caminho verdadeiro, como a expansão das seitas.
Pois todo aquele que não estiver firmemente enraizado no evangelho de Cristo (o qual prega a salvação pela graça) é uma presa fácil para o inimigo.
É humano querer contribuir com algo para a salvação, seja pela observância das leis ou por algo mais, mas este é o caminho errado.
Na Bíblia percebemos que há duas maneiras de se salvar: 1º Cumprindo todas as leis divinas e por toda a vida (Lv. 18.5; Tg. 2.10).
2º Recebendo o presente da salvação que Deus nos ofereceu gratuitamente por meio de Jesus (Rm 3:24).
A primeira maneira é inacessível a nós. Só uma pessoa a trilhou irrepreensivelmente: Jesus (Jo. 8.46).
A segunda maneira é a que temos de escolher. Ela é simples. É o caminho da “justificação pela fé somente”
Mas Satanás coloca neste caminho perigosas armadilhas.
A principal é a de fazer as pessoas ignorarem a verdade bíblica da salvação pela graça, mediante a fé somente.
E fazê-las acreditar que precisam participar, pelo menos um pouco, do pagamento ou da efetivação da salvação.
Mas toda vez que pagamos por algo, este algo deixa de ser um presente.
Se a salvação deixa de ser um presente para nós, então já não estamos mais no caminho da fé.
Devemos tomar todo cuidado irmãos. Provavelmente não andamos por aí anotando todas as nossas boas ações como se elas nos tornassem mais dignos perante Deus.
Mas todos nós estamos sujeitos a praticar algumas coisas, ou deixar de praticar outras, para assim comprar de Deus pelo menos uma pequena parte da salvação.
E desta forma não mais vivemos pela “graça somente”.
Gálatas 5.4 – “Vós que vos justificais pela lei, estais separados de Cristo, da graça decaístes”.
Uma vida cristã saudável está fundamentada na verdade de que os méritos da salvação pertencem somente a Cristo, e para obtê-la basta crer somente.
Esta é a razão da oração de Paulo.
Apresentar a superioridade e a suficiência de Cristo à igreja.
Esta oração de Paulo traz consigo algumas verdades que ficam guardadas nesta carta e que levam a comunidade de cristãos a desfrutar de uma vida cristã saudável.
Precisamos então extrair essas verdades para que possamos também desfrutar de uma vida cristã saudável.
Somente assim poderemos vencer as astúcias ciladas que o inimigo impõe sobre a igreja.

Analise do texto

Primeira petição:
“...que sejais cheios do pleno conhecimento de sua vontade” (VS. 9b)
A vontade de Deus segundo a Bíblia é:
“Que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento de Deus” (I Tm. 2.4).
O amor de Deus quer reunir todos os seres humanos como integrantes de uma grande família na eternidade.
E nós, seus seguidores somos chamados a participar da concretização deste seu desejo.
Devemos pregar o evangelho puro e simples de Jesus Cristo, orar pelo próximo e agir nesta vida conforme os padrões da vontade de Deus.
Por esta razão entendemos a vontade de Deus que se revela na vida daquele que se entrega a Jesus, recebendo-o como seu Senhor pessoal.
Para fazer parte da família de Deus, basta arrepender-se e crer em Jesus. Por nós ele morreu e nos salvou.
Deus em seu amor abriu-nos o caminho a sua presença.
Ele determinou a incorporação de um membro ao corpo de Cristo, através de um coração sincero que o invoca dizendo: Senhor Jesus, salva-me.
Desta forma, irá receber o seu Santo Espírito, o qual permanecerá selado.
Atualmente, nesta época, a vontade de Deus não é a instituição de seu Reino visível aqui na terra.
Mas sim a formação e a preparação da igreja de Cristo.
Quando todos os seus membros tiverem sido alcançados e estiverem preparados, Ele virá buscá-la.
Contanto, satanás ainda governa no mundo, e vemos tamanha desgraça que é o seu governo.
A cada dia aumenta a maldade no coração humano. Violência e perversidade assumiram o estilo de vida da maioria dos homens.
Mas chegará o dia em que o Senhor colocará um fim em todas essas coisas.
A vontade de Deus é que todos os povos sejam salvos e aceitem continuamente o governo de Jesus.

Segunda petição:
“...que sejais cheios...em toda a sabedoria e entendimento espiritual” (VS. 9c)
Para compreender a vontade de Deus em relação aos judeus, à igreja de Cristo, às nações do mundo (I Co. 10.32) e até mesmo quanto a suas próprias vidas, é necessário sabedoria e entendimento espiritual.
Estes são dons divinos, dados por Deus a todo aquele que o pedir.
Pois somente o intelecto humano, mesmo sendo o mais desenvolvido, não pode compreender os propósitos de Deus (I Co. 2.14).
Portanto o enchimento deve ser feito com o conhecimento da vontade de Deus e não com algum tipo de gnosis conhecimento especulativo, ou intelectual, característico dos falsos mestres.
O apóstolo Paulo sabia disso, por isso ele orava pelos colossenses.
Os leitores de Paulo precisam de sabedoria espiritual a fim de determinar qual é a vontade de Deus para suas vidas.
Precisam de entendimento espiritual a fim de aplicar a vontade de Deus a situações específicas nesta vida.

Terceira petição:
“...a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado” (VS. 10a)
Certa vez um menino de cinco anos apontou para um cavalo e disse a sua mãe:
“Veja mamãe, um cristão!”
“Como assim meu filho? De maneira alguma! Isso é um animal! Como você pode dizer uma coisa dessas?”
“É por que os cristãos também andam sempre cabisbaixos e têm um olhar tão triste!”
De fato, há muitos cristãos tristes.
Querem seguir de coração a Jesus, mas não conseguem viver como um seguidor de Jesus.
E isso os deixa constantemente desanimados.
Como é grande, muitas vezes, o conflito no coração do seguidor de Cristo!
No coração do cristão, mora ao mesmo tempo a alegria de ser filho de Deus e a grande preocupação de não corresponder a este compromisso.
Depois da sua oração, o apóstolo Paulo mostra aos cristãos de Colossos o caminho para uma vida digna de Cristo: “também nele estais aperfeiçoados” (2.10a).
Na família o filho tem a perfeita posição de filho.
Nada precisa fazer para ser o filho da casa, por que a vida lhe foi dada pelos seus pais.
Mesmo errando, não é despedido, como pode acontecer com um empregado.
Este será admoestado e educado, mas continuará sempre sendo filho.
O mesmo acontece com aqueles que se entregaram a Cristo como seu Senhor.
Deus nos fez seus filhos. Com isso a posição diante do Senhor é perfeita. A conduta, contudo, ainda continua a ser imperfeita.
Existe uma tensão entre a posição perfeita (que vem pela graça de Deus) e a conduta imperfeita (provocada pela nossa desobediência).
O que fazer? Vivermos sempre em função da nossa posição diante de Deus, pois esta posição foi o Senhor mesmo quem nos deu.
Afinal de contas, este fiel nivelamento entre a posição e a conduta somente será possível na glorificação.
Entendamos de uma vez por todas meus irmãos.
A Bíblia diz que tanto o ato da justificação (posição perfeita) como a santificação  (conduta) são providas por Deus para nós.
É isso que nos transforma para uma vida mais digna na presença do Senhor.
Ambas não podem ser conquistadas por um esforço próprio, ou por uma boa conduta.
Mas são recebidas apenas pela fé.
É do agrado de Deus oferecer-nos plenamente de seus presentes.
Por isso Paulo e Epafras pediram em sua oração que os cristãos de Colossos tivessem uma vida inteiramente para o seu agrado.

Quarta petição:
“...frutificando em toda boa obra” (VS. 10b)
O apóstolo Paulo pede para que a vida cristã dos membros de Colossos produza frutos espirituais.
Existem cristãos que pensam somente nas coisas celestes.
E não tem o mínimo de interesse pelos acontecimentos deste mundo.
Mas Jesus não quer que seus seguidores vivam longe da realidade do dia-a-dia, da mesma forma que Ele não ficou alheio as ocorrências no mundo.
É verdade que Ele dispensou algum tempo para oração e comunhão com o Pai Celeste, no mais estava Ele envolvido com o mundo, em função do seu próximo.
Jesus viveu com seus dois pés na terra, enfrentando os problemas fazendo amizades, visitando pessoas e acariciando crianças.
Enfim, esteve ocupado com as dificuldades e dúvidas do próximo.
Assim os seus seguidores devem viver NO mundo, sem, no entanto, ser DO mundo.
Uma das distorções infelizes de algumas formas de cristianismo é a má compreensão do relacionamento existente entre fé e ação.
A fé que ouviram e que por sua vez transformou a sua vida deve se manifestar em obras.
Os quais darão frutos e crescimento pessoal.
A verdade é que devemos manter nossos olhos sempre voltados para o próximo.
Correspondendo o real sentido do que é ser cristão.
Como diz em Efésios 2.10 – “Pois fomos criados por Ele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, preparadas de antemão por Deus para que andássemos nelas.”
Desta forma haverá sempre frutos reais para se servir e agradar ao Senhor.

Quinta petição:
“...e crescendo no pleno conhecimento de Deus”
(VS. 10c)

O crescimento no pleno conhecimento de Deus é apenas um dos elementos que caracterizam a vida daquele que vive de maneira digna do Senhor.
O crescimento consiste na compreensão cada vez maior de Deus.
Portanto, Paulo quer dizer que à medida que conhecemos o Senhor, o resultado será crescimento espiritual.
Este crescimento advém de seu conhecimento e prática da vontade de Deus.
Por esta razão Deus nos pede que possamos andar dignamente no Senhor, e Ele mesmo capacita cada crente a viver uma vida digna e frutífera na sua presença.

Sexta petição:
“...sendo fortalecidos com todo poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e longaminidade; com alegria” (VS. 11)

A força da glória de Deus espera poder manifestar-se na nossa vida conforme o nosso crescimento espiritual.
Ela chega a nós por meio do estudo da palavra de Deus, tanto particular como em grupo.
A comunhão entre aqueles que também estão no caminho da fé.
Ela existe nas reuniões de oração em casa, nos estudos bíblicos e na participação dos cultos na igreja, enfim, em todos os lugares onde duas ou mais pessoas se reúnem no nome de Jesus.
A oração, tanto particular como em grupo.
Onde estes meios não são obstruídos, o poder de Deus se manifesta na vida de qualquer cristão.
Nenhuma outra coisa nos fará vencer o pecado, o mundo e as mentiras de Satanás senão o poder de Deus que opera em nós.
Seremos grandemente fortalecidos no caminho da fé e seremos uma benção para muitos.
Esta nova vida se torna possível mediante o poder de Deus.

A partir de então só resta a Paulo a adoração. Paulo encerra essa série de preces louvando e agradecendo a Deus, que capacitou a cada crente fiel, a receber a herança dos santos na luz.
Este é o plano maravilhoso de Deus para nós, conforme seu grande amor, o seu perdão, a sua misericórdia e seu poder.
Paulo começou pedindo e encerrou adorando.
Que seja este também o caminho indicado e o alvo de nossas orações.

Conclusão

Portanto precisamos acreditar que o viver dignamente diante do Senhor
1.          Agrada o Senhor
2.          É frutífero em boas obras
3.          Cresce no conhecimento de Deus
4.          É fortalecido pelo poder de Deus.

Este tipo de comportamento digno do Senhor nos poupará de enganos e distorções da verdade e nos dará uma vida cristã saudável.
Que em nós haja sempre a visão correta de que Cristo é completamente superior e suficiente para nós.
Que Deus nos abençoe e nos faça viver uma vida cristã saudável na sua santa presença, para honrar e glorificar o nome dele.

Ministrado por:
Alysson Diniz R

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Pai, Ensina-nos a Orar - Mateus 6:9-13



“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal, pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!”

Certa vez John R. W. Stott disse o seguinte: Todo cristão sabe pelo menos duas coisas sobre a oração.
Que ela é absolutamente necessária, pois o próprio Jesus disse: “orar sempre e nunca esmorecer” – Lc. 18:1.
E que é muito difícil vigiar e orar, afinal de contas “o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” – Mt. 26:41.
Em nossa vida essas duas realidades estão continuamente em conflito.
Às vezes o reconhecimento de que a oração é indispensável nos ajuda a vencer as dificuldades.
Em outros momentos as dificuldades nos levam a esquecer como é importante a oração.
Estas palavras de Stott retratam a nossa situação. Por isso precisamos de ajuda em nossa vida de oração.
Nós, cristãos, na realidade somos muitos diferentes uns dos outros.
Assim também nossas experiências na vida cristã e de oração são diferentes.
Mas creio que você também já deve ter experimentado algo semelhante: a dificuldade de permanecer numa vida de oração.
Hoje a palavra de Deus quer nos oferecer auxílios para um encontro com Deus na oração e na vida diária.
Jesus mesmo orava. Ele ensinou os discípulos a orarem. Estes, por sua vez, ensinaram outros a orar.

Por isso, está é também a nossa prece: “Senhor ensina-nos a orar” (Lc. 11:1).
Queridos, não há petição mais importante e necessária para nós nesta época tão conturbada e inquietante que estamos vivendo.
E que alegria sermos ensinados a orar pelo nosso Mestre e Salvador Jesus Cristo!
E a partir daqui é preciso refletir qual motivo desta oração.
Sempre que Jesus estava na Galiléia, muita gente se reunia em torno dele.
Muitos vinham para serem curados. Outros apareciam por curiosidade. Outros, porém, não O queriam abandonar mais. Seguiam-no em todos os lugares.
Dentre muitos, o Senhor escolheu apenas doze para serem seus discípulos.
Certo dia Jesus subiu para uma pequena montanha. E ali juntamente com seus discípulos começou a ensinar o que mais tarde veio a ser conhecido como “O Sermão do Monte”.
O que poderia também ser chamada de “A Constituição do Reino de Deus na Terra”.
Pelos ensinamentos ali estabelecidos ele pretende governar este mundo, caso seja aceito como Senhor e Salvador.
E uma das partes mais importantes deste sermão é a oração ensinada por Jesus conhecida como oração-modelo ou Pai nosso.
Já parou para pensar em quantas pessoas que fazem esta oração só por um rito religioso ou seguindo uma tradição, sem pensar em seus significados?
Esta é a proposta para essa nossa mensagem de hoje.

O que podemos aprender da oração de Jesus:

1º - Podemos orar, chamando Deus de “Pai”. (vs. 9a)

“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus...”

Os judeus tinham tanto respeito para com Deus que não pronunciavam o nome “Javé”, ao lerem as Sagradas Letras.
Substituíam-no na leitura por “Adonai” (que significa: Senhor).
Assim podemos compreender que os ensinamentos de Jesus eram revolucionários para seus discípulos.
Chamar o Grandioso e Santíssimo Deus de Pai? Seria isso possível?
Este é um privilégio dado aos filhos de Deus para um relacionamento de intimidade com ele.
Todos os seres humanos são criaturas de Deus. Criaturas amadas, mas apenas criaturas.
Não fazem parte da família de Deus. E mesmo assim, de uma maneira ousada e ignorante dizem ao justo e santo Deus: “Pai nosso que estás nos céus...”.
Estes não entendem que somente fazem parte da família de Deus aqueles que creram e receberam a Jesus com Senhor e Salvador de suas vidas.
No Evangelho de João 1:12 lemos: “Mas a todos quanto o receberam e aos creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornar filho de Deus.”
Deus deseja ser chamado de “Pai” por aqueles que aceitaram a seu Filho Jesus e se tornaram também seus filhos.
Com isso ele quer nos mostrar que cuida das nossas vidas e que tem um plano maravilhoso para cada um de nós.
Deus quer compartilhar de todas as grandes e pequenas preocupações que cercam nosso coração.
Talvez o que esteja faltando em você que já se entregou a Jesus, seja reconhecer que Deus também é Pai, e está pronto a abençoar. Amém?

2º - Devemos honrar o nome de Deus. (vs. 9)

 “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome.”
           A primeira petição da oração ensinada por Jesus é: “Santificado seja o teu nome”.
Martinho Lutero era da opinião de que o nome de Deus já é santo e que esta petição expressa que o seu nome se torne santo em nós também, pois os filhos de Deus são seus representantes neste mundo.
Os Filhos tem uma responsabilidade para com o nome de sua família.
Através de seu comportamento, palavras e ações contribuem para o nome digno do seu lar.
Filhos que vivem uma vida egoísta, que são mentirosos, ladrões ou farristas, é uma vergonha para sua família e sujam o seu nome.
Os filhos de Deus desonram o nome dele com palavras e ações quando decidem não viver condignamente.
Se orarmos para que Deus apenas nos tire de situações difíceis, aonde fomos pegos pela nossa  própria imprudência, sem o firme propósito de sermos cautelosos com o futuro.
Nossa oração não estará honrando o nome do Senhor.
Dificilmente em nossas orações está presente esta primeira petição.
Se olharmos para nossas orações, raramente chegaremos a orar: “Senhor, faze com minha vida tudo o que tu queres, para que ela te honre e te glorifique”.
“O essencial não é eu casar ou não, ter saúde ou não, ter dinheiro ou não, ter filhos ou não, importa que minha vida honre o teu nome”.
Importa que o nome do Deus-Pai seja santificado através de mim!

3º - Devemos desejar ser participante do reino de Deus. (vs. 9-10a)

“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino...”
Atualmente Satanás tem estabelecido o seu governo neste mundo.
Por isso há guerras, injustiças ódio e fome. Deus deseja que sejamos participantes do seu reino, para que haja paz, justiça e amor.
Pedindo a Deus que venha o teu reino, devemos saber que o primeiro destino deve ser o nosso coração.
Nossa existência deve ser totalmente consagrada ao Senhor e governada por ele. Quando isso ocorre, a nossa vida recebe outro sentido: tornamo-nos embaixadores em nome de Cristo e representes dele em toda parte.
Quando pedimos “venha o teu reino”, também estamos pedindo que ele venha aos corações de todas as outras pessoas através de você e de mim.
Mas afinal, o que entendemos ser o reino de Deus? O reino de Deus acontece onde Jesus Cristo está governando.
É o lugar onde ele reina. Onde governa seu amor e sua vontade.
No mundo hoje, governos giram em torno do poder. Somente o governo do Senhor Jesus não é assim.
Nele não há lugar para o ódio, para a competição, a ganância, o egoísmo e o orgulho: “Amai os vossos inimigos”, (Mt. 6:44) “abençoai aqueles que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis” (Rm 12:14).
O reino de Deus está em todo e qualquer lugar onde há pessoas dispostas a receber o seu perdão.
E onde elas se dispõem a viver e transmitir o evangelho.
Ele está onde há pessoas que se deixam guiar pelo amor de Deus em todas as situações.
Se orarmos a Deus que seu Reino venha, então nós mesmos temos de estar dispostos a permitir que Deus reine em tudo.
Que ele arranque do nosso interior tudo que determina nossas ações: orgulho, ambição, preguiça, acomodação.
Quando oramos pedindo pelo reino de Deus, estamos pedindo que ele modifique a nossa vida de acordo com seus planos, e seja o centro de tudo.

4º - Devemos orar para que a vontade de Deus seja feita em nossa vida.       (vs. 9-10)

“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino, seja feita a sua vontade, assim na terra como no céu.”
Na Bíblia lemos muitas vezes sobre a vontade de Deus que deve ser feita neste mundo:
João 6:39 – “A vontade daquele que me enviou é que nenhum dos que me deu se perca, mas que ressuscite no último dia.”
I Tessalonicenses 4:3a – “Pois esta é a vontade de Deus, a vossa santificação.”
I Tessalonicenses 5:18 – “Em tudo daí graças, pois esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.”
I Pedro 2:15 – “Porque assim é a vontade de Deus, que pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos.”
I Pedro 4:2 – “...para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões dos homens mas segundo a vontade de Deus.”
Nestes textos vemos como Deus é e também qual o desejo mais ardente do seu coração.
Deus nunca desiste de uma pessoa. Nunca ignora alguém.
Portanto se você se encontra nesse momento cansado ou até mesmo desesperado, por não entender a vontade de Deus para sua vida.
Saiba sempre de uma coisa e nunca se esqueça disso: Deus se preocupa com você com paciência e infinita bondade.
Não há pessoa neste mundo que não se ache incluída nos pensamentos e no plano de salvação de Deus.
Quando pedimos que a vontade de Deus seja feita, significa uma participação ativa da vontade de Deus.
O querer que aconteça a vontade de Deus e o querer fazer a vontade de Deus, trará consigo grandes benefícios para nossa vida.
Quando Deus realiza os seus planos aqui no mundo, ele começa conosco e em nós.
Ele transforma as nossas vidas de tal forma que em nós há uma disposição em dizer:
“Agrada-me fazer a sua vontade, o Deus meu.”    (Salmo 40:8).

5º - Devemos pedir a Deus que oriente e dirija as coisas praticas da vida.  (vs. 9-11)

“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino, seja feita a sua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.”
Embora a prece pelo pão de cada dia fosse um pedido importante, Jesus não a colocou em primeiro lugar.
Para a maioria dos contemporâneos de Jesus, a única preocupação de suas vidas era ter dinheiro suficiente pra comida, vestimenta e moradia.
Pedindo o “pão nosso de cada dia”, hoje muitos pensam que aí se incluem mobília luxuosa, televisão tela plana de 42”, piscina térmica, e um automóvel de ultimo tipo.
A pergunta é: quando pedimos o pão nosso de cada dia, será que pedimos a Deus que nos conceda o necessário de que precisamos hoje?
Ou pedimos pelas coisas supérfluas, porque queremos ter a mesma casa, ou mesmo carro que o nosso irmão tem?
Responda cada um para você mesmo.
Deus quer nos preservar de preocupações na nossa vida.
Outra coisa que podemos observar na oração do Pai Nosso, é que não aparece de modo algum, o pronome “eu”, significando que se pedimos o “pão nosso”, isso nos levará a não ser só para mim.
Deus quer dar de sustento para todos nós. Conseqüentemente, precisamos repartir com todos que necessitam.
Caso contrário, sofreremos pela falta do pão nosso de cada dia.

6º - Podemos orar para que nossos pecados sejam perdoados.  (vs. 9-12)

“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino, seja feita a sua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.”
Em toda oração do Pai nosso, não há uma só palavrinha desnecessária.
Até mesmo a conjunção “e”, entre a quarta e quinta prece, tem sua função:
“pão nosso de cada dia dá-nos hoje e perdoa-nos as nossas dívidas.”
Esta ligação é proposital. Jesus quer mostrar-nos que o perdão é tão importante quanto o pão de cada dia.
Da mesma forma como nosso corpo necessita de pão, a nossa alma necessita do perdão.
E da mesma forma que o corpo adoece com a falta de alimento, a alma adoece com a falta de perdão.
Precisamos entender amados irmãos que Jesus quer nos dar do seu perdão.
Isaías 43:25 – “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados já não me lembro.”
Mas, segundo Jesus, existe uma condição para tal: nós também devemos perdoar aqueles que nos fizeram mal!
Como pode Jesus purificar o nosso coração, se nós retemos o rancor dentro dele.
Perdoar, disse alguém, é devolver ao outro o direito de ser feliz.
Deus quer que nós perdoemos, porque ele nos perdoa.
A partir desta petição somos levados a examinar a nossa disposição de perdoar.
Será que resta em nosso coração algum rancor ou ressentimento contra outrem?
Levanta-se em nosso coração, de vez em quando, a ameaça contra aquele que pecou contra nós: “Espere, e qualquer dia você me paga!”.
Jesus leva muito a sério o nosso perdão ao próximo. Por isso uniu-o ao pedido de perdão dos nossos pecados.
Ele espera que perdoemos aqueles que agiram injusta ou maldosamente conosco.
Quando desejamos perdoar ao próximo, mas não conseguimos vencer a nossa amargura.
Uma boa proposta é fazer um bem aquele que nos ofendeu. Mas em todo caso, podemos orar por ele.
Quanto mais reconhecemos que somos pecadores e mais nos humilhamos, também mais veremos quanto necessitamos do perdão de Deus.

7º - Podemos orar para que não venhamos a cair ao sermos tentados. (vs. 9-13a)

“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino, seja feita a sua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. Não nos deixes cair em tentação...”
Esta sexta prece do Pai Nosso geralmente é compreendida como um pedido feito no sentido de solicitar á Deus que evite qualquer tentação na nossa vida.
O significado é outro: Devemos pedir para que não nos permita cair em situações onde ficaremos expostos a tentação do mal.
Pois nós como seres humanos, somos fracos e inclinados a desobedecer.
Deus nunca tenta qualquer pessoa ao mal.
Tiago 1:13 – “Ninguém, sendo tentado, diga: sou tentado por Deus, porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta.”
Nas mãos de Deus está o controle de todas as circunstâncias da nossa vida.
Nessa oração confessamos humildemente que somos inclinados ao pecado.
E assim nos achegamos a Deus para que não nos permita ser levados em situações ou condições que envolvam graves tentações, ao pecado.
E nesse momento entra o mínimo de responsabilidade de nossa parte que é fugir da aparência do mal.
Pois somente assim poderemos reconhecer a natureza triunfante de Deus.
Muitos dizem ao cair em pecado depois de serem tentados: Afinal de contas, a carne é fraca!
Mateus 26:41 – “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito esta pronto mas a carne é fraca.”
Quando Jesus foi tentado por Satanás, tornou-se manifesto que em tudo o Filho de Deus colocava a vontade do Pai Celeste em primeiro lugar. E nós, quando somos tentados, como agimos?
Oramos para que o Senhor não nos deixe entrar em tentação.
Porque reconhecemos que além de sermos inclinados a pecar.
Vivemos em mundo onde os valores do seu sistema são contrários aos valores do Reino de Deus.
E isso nos traz fortes tentações para cairmos em pecado.
Não desanimemos na hora provação. Continuemos pedindo que Deus nos auxilie a ficar firmes, e não dar ouvidos a Satanás.
Podemos dar graças a Deus, pois somos mais que vencedores por aquele que nos amou em Jesus Cristo, podemos orar e assim com a certeza da resposta para Glória de Deus! Amém?

8º - Podemos orar para que o Senhor nos livre do mal. (vs. 9-13)

“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino, seja feita a sua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal”
Aqui estamos em plena concordância como a própria oração de Jesus por nós.
Em João 17:15 que diz “Pai não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.”
Quando oramos a Deus, pedindo-lhe que nos livre do mal, fazemos menção as astúcias ciladas daquele que é a origem de todo mal, o inimigo das nossas almas.
Satanás quer nos arrastar para o pecado, vindo a nos separar de Deus.
Seu objetivo é tirar da comunhão do Senhor todos aqueles que permitirem o seu mal agir em sua própria vida.
Desta forma meus queridos, nos deparamos mediante a uma guerra espiritual.
Em que nós por nós mesmos, somos fracos e vulneráveis.
Mas quando nos deparamos com a grandeza do nosso Deus e com o seu desejo de nos ver ao seu lado.
Percebemos muito facilmente que não haverá ataque do inimigo, que seja maior que o nosso Deus.
Mas antes de qualquer coisa o apostolo Pedro nos exorta ao seguinte:
I Pedro 5:8,9a – “Sede sóbrios e vigilantes. O Diabo, vosso inimigo, anda ao redor como leão que ruge, procurando alguém para devorar. Resistir-lhe firmes na fé...”
Amados irmãos, a verdade é que de maneira alguma, poderemos negligenciar a ação do diabo neste mundo.
O inimigo das nossas almas não é um ser que nasceu ontem.
Ele é um ser milenar, que a muitas gerações vem estudando a evolução metafísica e comportamental do ser humano.
Ele sabe muito bem quem nós somos e a onde caímos.
Portanto gostaria de alertar a igreja a estar achegado ao trono da graça do nosso Senhor.
Certos de que Ele é por nós, e ninguém será contra nós.
Que Deus nos livre e nos guarde de todo mal.

Depois de tanto aprender com a oração modelo deixada por Cristo Jesus, apenas nos resta encerrar dizendo:

“Pois teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém.”
Concluímos que quando aceitamos a Cristo como Senhor e Salvador de  nossas vidas.
E então, vivenciamos a  comunhão com Deus e nossos irmãos.
Passamos a orar assim. Sempre reconhecendo e que o Reino pertence ao Pai Celeste, bem como todo poder e toda glória.
Esta compreensão é a nossa confiança NELE para que a nossa oração seja ouvida e respondida.
Os planos de Deus para conosco e com toda a humanidade são infinitamente gloriosos!
Então podemos render a Ele toda honra e toda glória, pois nada e ninguém, poderá deter a vontade de Deus em nós!
A Ele seja Reino, o poder e a Glória, porque ele é o Deus que está atento a sua oração!
Amém?


Ministrado por:
Alysson Diniz Rodrigues