Deixa eu te dizer...

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Tendo uma Vida em Comum


"Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum."
Atos 2.44


Quando falamos em ter uma vida em comum, falamos de comunidade e quando falamos de comunidade seria impossível não pensar em nossa igreja.
Ao passar do tempo, vemos o verdadeiro sentido do que é ser uma igreja se perder.
Muitos passam a vir a igreja com intenções diferentes do que na verdade deveriam ter.
O que aconteceu com aquela igreja que perseverava na doutrina, na comunhão, no partir do pão, nas orações.
Onde está aquela igreja que perseverava unânime no templo, o que aconteceu com a verdadeira alegria e singeleza de coração.
A definição verdadeira de igreja se dá ao termo grego: EKLESIA, que significa reunião daqueles que são chamados para fora.
E nós temos o dever de fazer parte desta igreja.
A Palavra do Senhor nos exorta a vivermos sempre em unidade com nossos irmãos.
 I Pe. 3:8 – “Finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, cheios do amor fraternal, misericordiosos e humildes.”
A grande verdade meus irmãos é que Deus quer que vivamos juntos, e a Bíblia chama esta experiencia de comunhão.
Também esta palavra tem perdido grande parte de seu significado.
Ao falarmos de comunnhão hoje em dia, pode se referir normalmente a uma conversa casual, alguma atividade social, comida e diversão.
Geralmente ficar para confraternização ou “comunhão” significa esperar pelo lanche!
 I Co. 12:25b – “...tenham os membros igual cuidado, uns dos outros.”
Falar de comunhão, é falar de cuidado mútuo. Existe no meio da comunháo verdadeira a preocupação com as necessidades uns dos outros.
O próprio Jesus, vindo ao mundo, teve por alvo de seu ministerio, não só salvar o homem e recocilia-lo ao Pai, mas também reuní-lo para que sejam um corpo funcional que trabalhe em prol do Reino de Deus.
Jesus ministrou este contexto de um pequeno grupo de discípulos.
Para isso o Senhor dirigiu vocações a eles que daríam continuidade ao ministerio de Jesus, fundando a primeira comunidade de cristãos.
Meus amados precisamos entender que no interior deste templo podemos formar uma unidade verdadeira em que nós podemos extrair grandes benefícios para nossa própria vida.
E infelizmente, muitos crentes pensam que não precisam vir a igreja, pois igreja não salva ninguém, e o que ele precisa é de ler a bíblia em casa sozinho e orar.
Muitos usam por desculpa em que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas, portanto não precisam estar aqui necessariamente.
Este tem sido o princípio de muitas seitas que fazem desse argumento uma doutrina a ser seguida.
Mas o principio bíblico não é este, mas de congregarmos juntos a igreja, num só propósito.
 Hebreus 10:25 – “Não abandonemos, como alguns estão fazendo, o costume de assistir as reuniões. Pelo contrário, animemos uns aos outros e ainda mais agora que vocês veem que o dia está chegando.”
É muito triste irmãos ver uma igreja que não dá nenhum valor a comunhão verdadeira.
Como o autor do livro de Hebreus mesmo disse: “Muito mais agora que vocês veem que o dia está chegando.”
E que dia é este? Nós sabemos que dia é este. E haverá um tempo em que ser cristão novamente será muito difícil, e se não estivermos juntos em comunhão será mais difícil ainda.
O Senhor está a porta de sua igreja, e está nos alertando destes dias que virão.
Muitos não percebem que na comunhão verdadeira nós podemos crescer no conhecimento de Deus, ser fortalecidos nos momentos de fraquezas.
Davi sabia disso quando compôs o salmo 27:4-5.
“Uma coisa pedi ao Senhor e a buscarei: que eu possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor e aprender no seu templo. Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto do tabernáculo me esconderá; pôr-me-á sobre uma rocha.”
A real comunhão significa muito mais do que aparecer nos cultos. É ter uma vida em comum.
E é sobre este tema que estaremos estudando um pouco nesta noite: TENDO UMA VIDA EM COMUM.
Ter uma vida em comum, não quer dizer viver numa comunhão superficial, mas sim em uma comunhão verdadeira.
Muitos crentes pensam que estão em comunhão com seus irmãos, por que até então não houve nenhum tipo de disavença, portanto está tudo bem.
Devemos compreender qual a diferença entre a comunhão verdadeira e a falsa comunhão.

Na verdadeira comunhão, as pessoas encontram autenticidade.
I Jo. 1:7 – “Se porém andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros [...].”
A comunhão autentica não é superficial; um papo-furado repleto de banalidades.
É genuína, de coração para coração; as vezes permitindo partilhar coisas íntimas.
A comunhão autentica ocorre quando as pessoas são verdadeiras sobre quem são e sobre o que está acontecendo em sua vida.
Elas dividem suas mágoas, revelam seus sentimentos, confessam suas falhas, dão a conhecer suas dúvidas, admitem seus medos, reconhecem suas fraquezas e pedem ajuda e oração.
Autenticidade é exatamente o oposto do que você encontra em muitas igrejas por aí!
Em vez de uma atmosfera de honestidade e humildade, há uma conversação fingida, representada, politiqueira, superficialmente educada e frívola.
As pessoas vestem máscaras, matêm a guarda levantada e agem como se tudo a sua volta fosse positivo.
 Colossenses 3:9 – “Não mintais uns aos outros, pois já vos despistes do velho homem com os seus feitos.”
Essas atitudes são a morte da verdadeira comunhão. É somente quando somos abertos sobre a nossa vida que experimentamos a real comunhão.
O mundo pensa que a intimidade ocorre na escuridão, mas Deus disse que ocorre na luz.
As trevas são usadas para esconder ferimentos, erros, medos, fracassos e falhas.
Mas na luz é diferente, nós nos abrimos em público e admitimos quem realmente somos.
Naturalmente, ser autêntico exige tanto coragem quanto humildade.
Significa enfrentar seu medo de exposição, de rejeição e de novamente ser magoado.
Porque alguém correria esse risco? Porque é a unica maneira de crescer espiritualmente e ser emocionalmente saudável.
A Bíblia diz em Tiago 5:16 – “Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados.”
Nós só crescemos assumindo riscos e o mais difícil risco de todos é sermos honestos com nós mesmos e com os outros.
A medida que a igreja cresce em autenticidade, a real comunhão ganha seu espaço no corpo da igreja.
Este é o nosso dever para com nosso irmão: ser verdadeiramente autentico.

Na veradadeira comunhão, as pessoas encontram reciprocidade.
Galatas 6:2 – “Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo.”
A reciprocidade é a arte de dar e receber. De depender um do outro.
Paulo nos ensina que o corpo não é só um membro mas muitos (I Co. 12:14), sendo muitos membros, exige-se porém plena dependência um do outro.
Pois se estou com sede, meus pés me levarão até a jarra de água, minhas mãos apanharão o copo com água e levará até a minha boca.
Percebemos uma parceria entre os membros, que juntos trabalham para o bom funcionamento do meu corpo.
Mutualidade é o coração da comunhão: edificar relacinamentos recíprocos, dividir responsabilidades e ajudar uns aos outros.
Paulo disse: Quero que nos ajudemos uns aos outros com a fé que temos. A vossa fé me ajudará, e aminha fé os ajudará.
Todos nós somos mais constantes em nossa fé, quando outras pessoas caminham conosco e nos incentivam.
Meus irmãos, como poderemos crescer, ser incentivados quando estivermos desanimados, buscar força ao estivermos fracos, se estivermos sozinhos.
O isolamento é o pior abismo em que uma pessoa necessitada pode cair.
Somente juntos e unidos para nos reerguer, diante as dificuldades.
 Ecle. 4:9-10 – “É melhor haver dois do que um, porque duas pessoas trabalhando juntas podem ganhar muito mais. Se uma delas cair, a outra ajuda a levantar. Mas, alguém está sozinho e cair, fica em má situação, porque não tem ninguém que o ajude a levatar.”
Isso quer dizer que quando estamos juntos somos muito mais bem sucedidos e também somos consolados nas aflições.
A Bíblia ordena que haja prestação de contas, incentivo recíproco, mútuo atendimento e honra recíproca.
Por mais de cinquenta vezes ao longo do Novo Testamento, somos orientados a realizar diferentes tarefas “uns aos outros” e “entre si”.

Em Romanos 14:19 diz – “Esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz a paz e a edificação mútua.”
Você não é responsável por todos no corpo de Cristo, mas é responsável para com eles.
Deus espera que você faça tudo que puder para ajudar seu irmão em Cristo.

Na verdadeira comunhão, as pessoas encontram compaixão.
Colossenses 3:12 – “[...] revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência.”
Paulo neste contexto, trata de questões que dizem respeito a nova criatura.
Se nós crentes, ao nascermos de novo, abandonamos a velha natureza juntamente com seus velhos hábitos.
Precisamos manifestar nossos novos hábitos que vieram juntamente com o novo nascimento.
Para isso ele nos exorta quanto a revistamos de profunda compaixão, bondade, humidade, mansidão e paciência.
Estas virtudes apresentadas por Paulo, representam aquilo que alimenta a verdadeira comunhão.
Compaixão não é dar um conselho ou oferecer uma ajuda rápida e superficial; compaixão é penetrar e partilhar a dor dos outros.
Compaixão é um termo que denota uma atitude que provém autenticamente do coração, e que se traduz em ações correspondentes para com outras pessoas.
A compaixão diz: “Compreendo o que você está passando e o que você sente não é estranho ou absurdo”.
Hoje em dia algumas pessoas chamam isso de “empatia”, mas a palavra bíblica é “compaixão”.
A compaixão alcança duas neessiades fundamentais dos seres humanos: anecessidade de ser compreendido e de ter seus sentimentos confirmados.
Toda vez que compreende e confirma o sentimento de alguém, você constrói comunhão verdadeira.
O problema é que estamos frequentemente tão apressados em corrigir as coisas que não temos tempo de sentir compaixão.
Ou ainda estamos preocupados com nossas mágoas.
A autopiedade esgota completamente a compaixão pelas outras pessoas.
É em tempos de crise, tristeza e dúvidas profundas que mais precisamos uns dos outros.
Quando as circunstâncias nos esmagam a ponto de nossa fé vaicilar, é que mais precisamos de amigos crentes e irmãos que estejam ao nosso lado.
Precisamos de irmãos que estejam juntos e se compadeçam de nós, que nos ajudem a levantar e a caminhar, isso com certeza é muito importante para comunhão da igreja.
Quando estamos juntos em comunhão com nossos irmãos e presença de Deus parece ser mais viva e real.
Foi disso que Jó necessitou durante seu sofrimento.
Jó 6:14 – “Um homem desesperado deve receber compaixão de seus amigos...”
Infelizmente, se dentro de uma igreja não houver compaixão veremos grandes problemas crescendo no nosso meio.
Por exemplo, as divisões, a inssesibilidade, a igreja não será mais um lugar de refúgio para os aflitos.

Na verdadeira comunhão, as pessoas encontram misericórdia.
II Coríntios 2:7 – “Quando as pessoas pecarem, vocês devem perdoá-las e confortá-las, para que não sejam vencidas pelo desespero.”
A comunhão é uma situação em que opera a misericórdia; em que os erros não são lembrados mas apagados.
A comunhão acontece quando a misericórdia triunfa sobre a justiça.
Todos nós precisamos de misericórdia, pois todos nós tropeçamos e caimos e precisamos de ajuda para voltar para o caminho.
Precisamos oferecer misericórdia uns aos outros e estar dispostos a recebê-la uns dos outros.
Jesus ensinando o sermão da montanha disse algo muito importante sobre isso.

Mateus 5:7 – “Bem-aventurados os misericordiosos, por que receberão misericórdia.”
Salomão também diz em Provérbios 11:17 – “Quem age com bondade faz bem a si mesmo, e quem pratica a maldade acaba se prjudicando.”
Você não pode ter comunhão sem que haja a misericórdia e o perdão, porque a amargura e ressentimento sempre destroem a comunhão.
Como somos imperfeitos e pecadores, inevitavelmente magoamos uns aos outros quando ficamos juntos por algum tempo.
Ás vezes magoamos uns aos outros intencionalmente ou às vezes sem querer.
Mas de qualquer forma, são necessárias enormes quantidades de graça e misericórdia, para criar e manter a comunhão.
 Colossenses 3:13 – “Suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra o outro, assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.”
A misericórdia de Deus para conosco é um estimulo para mostrarmos misericórdia com os outros.
Lembre-se de uma coisa: jamais lhe será pedido que perdoe a alguém, mais do que Deus já lhe perdoou.
 Lucas 6:36 – “Sede misericordiosos assim como vosso Pai é misericordioso.”
Agir com misericórdia na igreja, alimentará a chama da comunhão verdadeira.
Sempre que é magoado por alguém, você tem uma escolha a fazer: usar sua energia e seus sentimentos para buscar vingança ou encontrar a solução. Você não tem como buscar a ambos.
Muitas pessoas relutam em demonstrar misericórdia porque sabem a diferença entre confiar e perdoar.
Perdoar é esquecer o passado. Confiar tem relação com o comportamento futuro.
O perdão deve ser imediato, tenha ou não a pessoa pedido por ele. A confiança deve ser reconstruída com o transcurso do tempo.
Se as pessoas te magoam repetidas vezes, Deus lhe ordena que perdoe imediatamente; mas não se espera que volte a confiar imediatamente ou que continue permitindo que tais pessoas o magoem.
Elas deverão mostrar que mudaram com o tempo.
E o melhor lugar para restaurar a confiança, é exatamente na comunhão verdadeira.
Pois nela encontraremos todo contexto de apoio mútuo, encorajamento e prestação de contas mútuas.
Existem muitos outros benefícios que você irá experimentar ao fazer parte de um grupo que está comprometido com a verdadeira comunhão.
Essa é uma parte essencial da sua vida cristã que não pode ser ignorada.
Por mais de dois mil anos, os cristãos tem se reunido em grupos para buscar comunhão.
Portanto precisamos compreeder o real valor de se estar em comunhão verdadeira.
Pois somente assim experimentaremos aquilo que Deus tem de melhor para nós.
Que Deus possa nos abençoar e nos fazer ter uma vida em comum com nossos irmãos, e o nosso prazer seja estar na casa do Senhor todos os dias das nossas vidas.




Ministrado por:
Alysson Diniz R

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

DISTANCIA - Lucas 5.8

A grande ambição de um discípulo é ser igual ao seu mestre. A grande ambição de um seguidor é ser igual ao seu líder.
Essa também é a nossa ambição como discípulos e seguidores de Jesus.
A final essa é a nossa vocação.
Marcos 8.34 – Jesus chamando a multidão junto com seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
O que nós queremos de fato não é apenas saber o que ele sabe ou fazer o que ele faz
O que nos queremos mesmo é nos tornarmos pessoas iguais a Ele.
Paulo diz em II Co. 5.17 – Que aquele que está em Cristo é uma nova criatura.
O Apostolo João na sua primeira epístola no cap. 2.6 diz – Quem afirma estar nele também deve andar como ele andou.
Esta é a essência do ser cristão.
Crescimento espiritual se baseia neste processo progressivo, onde a nossa natureza humana é aperfeiçoada a imagem de Cristo em nós.
Romanos 8.29a diz – “Pois aos que conheceu por antecipação, também os predestinou a serem conformes a imagem de seu Filho.”
Este é o propósito de Deus desde a eternidade para cada um de nós.
No entanto, quando a gente dá de cara com Jesus, a primeira consciência que a gente adquire é da absoluta distancia que existe entre nós e a pessoa de Jesus.
Entre quem é Jesus e quem nós somos.
Muitos acabam por esmorecer diante desta realidade. Pois acreditam que humanamente nunca chegarão ao ideal de Deus.
Somente através de um relacionamento de intimidade com ele, poderemos de fato entender o que é isso.
É essa a experiência de Pedro nesse momento em que ele está no barco e Jesus manda que eles lancem as redes, ele e seu irmão André, e eles fazem então uma pesca maravilhosa.
Em tempo algum ele tinham feito algo semelhante, é nessa hora que eles tomam consciência da grandeza de Jesus e da sua majestade.
É nessa hora que Pedro se joga ao chão e diz: afasta de mim que sou um homem pecador.
Isaías 59.2 diz que são os nossos pecados que fazem separação entre nós e Deus.
Romanos 3.23 diz que todos pecaram, e estão separados da presença gloriosa de Deus.
Essa distancia e esse pecado que nos afasta de Jesus, não é uma distancia moral ou de inteligência ou de poder. Mas uma distancia de ser, de natureza.
Romanos 8.7 diz que a inclinação da nossa carne é inimiga de Deus, pois não está sujeita a vontade de Deus.
O pecado, portanto não é você roubar ou não roubar, mentir ou não mentir, matar ou não matar.
Isso trata a respeito de comportamento, é uma questão moral, ética.
O pecado na Bíblia é algo mais profundo do que isso, por isso na lei de Moisés o pecado era o que você fazia ou deixava de fazer.
Jesus muda o enfoque e diz que pecado não é tanto que você faz ou deixa de fazer, mas aquilo que você carrega dentro do seu coração, suas intenções, sua motivações.
Você pode não matar uma pessoa, mas você odeia e isso já é pecado.
Agora o Apostolo Paulo vai um pouco mais além e diz o seguinte.
Pecado não é fazer ou deixar de fazer, nem as intenções que eu tenho ou deixo de ter, pecado é o que eu sou.
Por isso que ele diz em Romanos 7:24: “Miserável homem que eu sou, quem me livrará deste meu corpo mortal”
Olhando para este cenário percebemos a nossa completa impotência e como é grande a nossa incapacidade de reverter tal circunstancia.
Estávamos separados da vida por uma consequência natural dos nossos pecados, mas como Paulo afirma em efésios 2.1 – ele nos deu vida.
I João 1.9 – “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.”
Diante do perfeito amor que Jesus demonstra a nós, entendemos que aquilo que nos separava já não separa mais.
E foi pra gente como Pedro, como você, como eu que Jesus veio.
Manifestando seu poder para a nossa reconciliação, por meio de sua graça.
Para que enquanto estivermos aqui neste mundo possamos espelhar a sua glória.
II Coríntios 3.18 – “Mas todos nós, com o rosto descoberto, refletindo como espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, que vem do Espirito do Senhor.”
Jesus veio se tornou perto, se tornou próximo e nos chamou para andar com ele, para que andando com ele essa distancia seja cada vez mais encurtada e nós nos tornemos pessoas cada vez mais parecidas com ele.
Disso depende nosso progresso na fé, nesta caminhada onde calçamos nossos pés sobre as pegada de Jesus.
A minha oração é que o Senhor me dê a cada dia uma profunda consciência dessa distancia que há entre mim e o Senhor
Que ele me ajude a me enxergar exatamente como eu sou e principalmente me ajude a perceber e experimentar a grandeza do seu amor e da sua bondade e do seu perdão
            Convido você a também fazer essa mesma oração.

Ministrado por:
Alysson Diniz R

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Graça Suficiente - II Coríntios 12.7-10

“Entretanto, Ele me declarou: A minha graça te é suficiente, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Sendo assim, de boa vontade me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que o poder de Cristo repouse sobre mim.” (v.9)

Há uma única palavra que abrange todas as riquezas que encontramos em Cristo: GRAÇA.
E que palavra magnífica nós encontramos na Bíblia!
Ela é usada mais de 170 vezes no Novo Testamento, para referir-se ao favor divino conferido a pessoas que não o merecem.
É o meio pelo qual recebemos todas as bênçãos materiais e espirituais.
Falar sobre graça é falar do relacionamento entre Deus e os homens.
A graça divina é o que leva a Deus ter uma relação pessoal entre si mesmo e a humanidade.

E em alguma medida, até mesmo os incrédulos se beneficiam da graça de Deus. Os teólogos chamam isso de “graça comum”, porque é comum a toda humanidade.
A graça comum é o constante cuidado de Deus por toda criação, suprindo as necessidades de suas criaturas.
Através da graça comum, Deus preserva a humanidade da completa devassidão e mantém a ordem sobre todas as coisas.
No entanto, os cristãos recebem “maior graça” (Tg. 4.6). Para nós a graça de Deus é inesgotável e ilimitada, incluindo tudo a respeito das provisões todo-suficientes em Jesus Cristo.
Pela graça, somos salvos (Ef. 2.8) e nos mantemos firmes (Rm. 5.2). A graça sustenta a nossa salvação, dá-nos vitória na tentação e ajuda-nos a suportar a dor e o sofrimento. A graça nos ajuda a entender a Palavra e a aplicá-la com sabedoria á nossa vida; nos conduz a comunhão e a oração, capacitando-nos a servir ao Senhor eficazmente.
Em suma, existimos e estamos firmes no ambiente da graça toda-suficiente.
Por toda a história, se torna perceptível a graça de Deus se tornar tão atuante na vida do homem em geral.
Podemos ver também por toda a Bíblia, como Deus se compadece do ser humano.
Nos Salmos 33:22 o salmista Davi diz ao Senhor: “Seja a tua graça, ó Senhor, sobre nós, assim como em ti esperamos.”
Uma das declarações mais maravilhosas sobre o Senhor Jesus é que Ele era “cheio de graça” (Jo. 1.14); e “nós temos recebido da sua plenitude, graça sobre graça” (Jo. 1.16).
Meus irmãos, “graça sobre graça” – fala de graça acumulada, uma graça que se sobrepõe a outra.
Tal graça é nossa a cada dia; é ilimitada e suficiente para cada necessidade.
Talvez em nenhum outro lugar a magnificência da graça de Deus é mais maravilhosamente expressa do que em II Co. 9.8-11.
As ênfases neste texto são admiráveis: “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra... enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças de Deus”
Em certo sentido, só esse texto já resume tudo que poderia ser dito sobre nossa suficiência em Jesus Cristo.
Estes versículos têm um significado que sinceramente se estende a proporções ilimitadas.
A graça superabundante habita em todo crente (v.14). Não é de se admirar que Paulo não possa reter seu louvor a Deus por tal dom indescritível (v.15).
Paulo experimentou a graça de Deus de uma maneira que poucos experimentaram, pois ele suportou sofrimentos como poucos fizeram.
Em 2 Co. 12.9, o Senhor lhe deu uma das verdades mais profundas de toda revelação: “A minha graça te é suficiente, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”.
Esta maravilhosa promessa se estende a todo crente, mas foi dada em um contexto de sérias dificuldades, profunda aflição, perseguições e fraquezas humanas (v.10).
O texto mais carregado de fortes emoções já escrito por Paulo é provavelmente II Co. 10 a 13.
Nestes capítulos, Paulo derrama seu coração em meio a sérios ataques contra seu caráter e ministério. Ele se doava tanto aos coríntios, e alguns deles se viravam contra ele em amarga hostilidade.
Sua integridade havia sido posta em questão por seus inimigos. Sua lealdade e suas habilidades em liderar haviam sido questionadas.
Seu amor pelos crentes havia sido questionado e negado.
Esta foi provavelmente a maior tempestade de oposição que Paulo enfrentou em sua vida, e aparentemente, estava sendo alimentada por líderes da igreja.
No capítulo 11, Paulo faz uma lista de muitas dificuldades e situações ameaçadoras pelas quais ele passara.
Incluídas em sua lista estão grandes aflições físicas, aprisionamentos, espancamentos, apedrejamentos, naufrágios, rios perigosos, assaltantes, perseguição de gentios e judeus, noites mal dormidas, frio e calor, fome e sede (v. 23-27).
Ainda mais dolorosa do que tudo isso era a preocupação diária que ele tinha com todas as igrejas (v.28). O povo de Deus e o bem-estar da igreja eram a maior paixão de Paulo (Cl.1.28-29) e apresentavam o maior potencial para lhe trazer dor e decepção.
A maior dor que Paulo enfrentou veio de pessoas que ele mais amava – aqueles a quem havia dado sua alma e seu evangelho, mas que agora haviam se voltado contra ele.
A rejeição, a traição, as críticas intermináveis, as falsas acusações e até mesmo o ódio da parte deles machucaram profundamente o coração de Paulo.
Em II Coríntios, ele escreveu como um homem que não era amado, apreciado, respeitado e que estava profundamente perturbado em sua alma.
Talvez você possa se identificar com a profunda mágoa de Paulo.
Seres humanos foram criados para manterem relacionamentos: Primeiro com Deus, depois, com seus semelhantes.
Quando os relacionamentos falham, a conseqüência imediata pode ser gravíssima, tal como se evidencia em nossa sociedade, com um crescente numero de pessoas que procuram ajuda psiquiátrica profissional, por causa de rejeição e mau trato emocional.
Semelhante ao que Paulo experimentou.
QUAIS LIÇÕES PODEMOS EXTRAIR DA GRAÇA DE JESUS MEDIANTE ESSAS CIRCUSTANCIAS?

As circunstancias aflitivas experimentadas por Paulo colocaram-no em posição de aprender algumas lições maravilhosas sobre a graça de Deus, aos quais ele nos transmite em 2 Co. 12.7-10:
“E para impedir que eu me tornasse arrogante por causa da grandeza dessas revelações, foi-me colocado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás para me atormentar. Por três vezes, roguei ao Senhor que o removesse de mim. Entretanto ele me declarou: A minha graça te é suficiente, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Sendo assim, de boa vontade, me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que o poder de Cristo repouse sobre mim. Por esse motivo, por amor de Cristo, posso ser feliz nas fraquezas, nas ofensas, nas necessidades, nas perseguições, nas angustias. Porquanto, quando estou enfraquecido é que sou forte!”.

Paulo substituiu sua fraqueza humana pelo poder de Cristo. A arrogância natural pela humildade que deriva de uma fé inabalável no amor e na graça de Deus.

HUMILDADE – Deus sabe que os homens estão sujeitos ao orgulho, especialmente quando estão em posição de privilégio espiritual. Portanto Deus usa oposição e sofrimento para nos ensinar a humildade.
Paulo foi talvez o homem espiritualmente mais privilegiado que já viveu, e a graça do Senhor em sua vida sempre foi abundante.
Em pelo menos quatro ocasiões o próprio Jesus apareceu a Ele, a fim de instruí-lo e encorajá-lo em tempos de profunda necessidade (At. 9.4-6; 18.9-10; 22.17-21; 23.11; 2 Co. 12.1-4).
Ele recebeu tão ampla revelação da parte de Deus que seus escritos formam quase a metade do N.T.
Por causa da natureza extraordinária destas revelações, Deus colocou um “espinho na carne” de Paulo, para guardá-lo da exaltação.
Podemos imaginar essa expressão, como se uma pessoa fosse colher algumas rosas e perfurasse o seu dedo com um pequeno espinho.
Mas, quando observamos no capitulo anterior, a palavra grega traduzida por “espinho” significa literalmente uma estaca – um pedaço de madeira bem afiado usado para afligir ou torturar alguém.
Além disso, a expressão “na carne” também pode ser traduzida como “para a carne”.
Em outras palavras, Deus fincou uma estaca, na carne pecaminosa de Paulo, para afligi-la e matá-la, com o propósito de evitar a prepotência e o orgulho.
O plano de Deus é nos esvaziar de nós mesmos, para que tenhamos um relacionamento correto com Ele.
SUFICIÊNCIA – Paulo ficou contente com a resposta de Deus porque sabia que Deus iria suprir graça suficiente para sua provação.
“Então ele me disse: Aminha graça te basta” (v.9). “Ele me disse” está no tempo perfeito no texto grego, implicando que toda vez que Paulo orava, Deus dizia e continuava a dizer a mesma coisa.
“Aminha graça te basta” era sua resposta permanente.
Deus respondeu a oração de Paulo, não por dar a ele o que ele pedia ou o que ele achava ser melhor para ele.
Nem por remover o problema ou a dor, mas por suprir graça suficiente para Paulo suportá-lo.
Porque remover algo que gera benefícios tão imensos, como a humildade, a comunhão e maior glória a Deus?
Seguindo o exemplo de Paulo, podemos pedir a DEUS que remova alguma estaca de sofrimento e descobrir que Deus deseja que ela permaneça.
Submeter-se a vontade de Deus é o que há de fundamental na vida cristã.
Problemas, tentações, e dor são inevitáveis nesta vida. Mas lembre-se que Deus usa essas coisas para produzir os preciosos frutos de humildade, comunhão e glória.
Ele poderá não removê-los, mas promete graça suficiente para nos capacitar a suportá-los com alegria.
PODER – O sofrimento que revela as nossas fraquezas, serve também para revelar o poder de Deus: “Porque o meu poder se aperfeiçoa nas fraquezas” (v.9).
Quando somos menos dependentes de nossa força humana e temos apenas o poder de Deus para nos sustentar, então somos canais adequados pelos quais Deus fará fluir o seu poder.
Desta forma, devemos louvar a Deus pela adversidade, pois ela é a ocasião em que o poder de Deus é mais evidente em nossa vida.
Não existe alguém tão fraco que não possa tornar-se forte, mas existem muitos que achando-se fortes continuarão fracos.
Paulo compreendeu esta verdade e sua atitude foi de grande gozo e louvor.
No verso 9 ele diz: “De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.”
Paulo não era nenhum masoquista. Não adorava se maltratado. Mas amava a graça e poder manifestado em sua vida.
Sabia que um ministério espiritual só pode ser realizado no poder do Espírito.
Quando sua reputação acabasse, Paulo não poderia depender dela. Quando sua força física se esgotasse, não poderia se amparar nela.
Ficou limitado a pregar a mensagem que Deus lhe confiou e a depender do poder de Deus para fazer o resto, e Deus nunca falhou com ele.

CONTENTAMENTO – Paulo nos dá um princípio-chave no verso 10: “Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque quando sou fraco, então é que sou forte”.
Paulo aceitou o seu problema mais grave como um amigo destinado a torná-lo mais útil para Deus.
Sua atitude demonstra um grande contraste com a atitude de nossa sociedade.
A maioria das pessoas vive descontente, porque erroneamente pensam que a felicidade consiste em gozar de circunstâncias agradáveis e em possuir muitos bens.
Muitos cristãos parecem pensar que guardar os crentes de todas as dificuldades é a maior expressão da graça de Deus.
O chamado evangelho da prosperidade – filosofia dessa nossa sociedade humanista e sem Deus – é a maior contribuição para esse erro.
Esse tipo de pensamento gera pobreza espiritual, deprecia a graça de Deus e substitui as verdadeiras riquezas espirituais por ganância e desilusão.
Esse pensamento também leva as pessoas a sentirem-se abandonadas por Deus e questionarem sua fé quando as dificuldades vêm.
O apóstolo instruiu aos colossenses: “A fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus; sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda perseverança e longaminidade; com alegria, dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos na luz” (Cl. 1.10-12).
Paulo diz: “Fortalecidos com todo poder”! Para que?
Saúde, riqueza, prosperidade, curas, milagres, sinais e maravilhas? NÃO.
Para obterem “toda a perseverança e longanimidade” – coisas necessárias em tempos difíceis.
Isto não é uma promessa de vivermos sem problemas; é uma promessa de recebermos poder para suportar as dificuldades que são inevitáveis.
Como vamos suportá-las? “Com alegria, dando graças ao Pai”, por possuirmos uma herança eterna e não por riquezas temporais.
Podemos meus irmãos encontrar a graça em meio às tribulações.
Deus sempre usou o sofrimento para aperfeiçoar e purificar o seu povo e para demonstrar a suficiência de sua graça.
Quando não confiamos na soberania de Deus ou não entendemos seus propósitos, então experimentamos preocupação, medo e ansiedade, ao passarmos por circunstâncias difíceis.
Mas o sofrimento traz enormes benefícios.
O sofrimento prova a nossa fé – Pedro usou a analogia de um ourives para ilustrar este benefício do sofrimento.
Assim como um ourives usa o fogo para retirar a impureza do ouro, assim Deus usa as provações para autenticar e purificar a nossa fé:
“Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo.” (I Pe. 1.6-7).
Uma fé aprovada por Deus é preciosa porque nos dá o gozo e a certeza de sabermos que somos cristãos genuínos.

O sofrimento confirma a nossa filiação – Mesmo quando nosso sofrimento é resultado da correção proveniente de Deus, podemos nos regozijar, pois isso prova que Ele nos ama.
“Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desanimes quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. È para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? (Hb. 12.5-7)

O sofrimento nos identifica com Cristo – Em Gálatas 6.17, Paulo declara: “Trago no corpo as marcas de Jesus”.
Ele recebeu em seu corpo as feridas causadas por pessoas cujo alvo era atacar a Cristo.
Paulo considerava um privilégio o sofrer por Cristo, pois desejava compartilhar da comunhão dos sofrimentos de Cristo (Fp. 3.10).
Portanto queridos irmãos, a graça de Deus é mais do que suficiente para cada uma das nossas necessidades.

REFLITA:
- Nosso relacionamento com Ele é profundo e marcado por tal confiança a ponto de sermos atraídos a Ele em tempos de dificuldade?
- Nos sentimos contentes ao suportar fraquezas, insultos, aflições e perseguições por amor a Cristo, a fim de que possamos estar espiritualmente fortes, mesmo em meio à fraqueza física e emocional?

Conta-se que Charles Haddon Spurgeon, em certa tarde, ao dirigir-se para casa, após um árduo dia de trabalho, sentindo-se cansado e deprimido, recordou o versículo: “A minha graça te basta”.
Em sua mente, logo se comparou a um peixinho em um imenso rio, com receio de estar tomando tantas medidas de água, dia a dia, que chegaria a secar o rio. Então o grande rio lhe disse: “Beba, peixinho. Minhas águas são suficientes pra você”.
Depois, Spurgeon pensou em um ratinho nos celeiros do Egito, temendo que suas beliscadas pudessem acabar com os suprimentos e fazê-lo morrer de fome. Então, José aparece e diz: “Anime-se, ratinho. Meus celeiros são suficientes para você.”
Depois, pensou em um homem escalando uma alta montanha para alcançar seu elevado cume, com medo de sua respiração viesse a esgotar todo o oxigênio da atmosfera. O Criador fez soar sua voz do céu, dizendo: “Oh! Homem. Respire bem e encha seus pulmões. Minha atmosfera é suficiente para você!”.
Descansemos na abundancia da maravilhosa graça de Deus e na total suficiência de todos os seus recursos espirituais.
Este é o Legado que o todo-suficiente Salvador concedeu ao seu povo.
E este é o conteúdo do seu precioso Evangelho.

“Graça e paz vos sejam multiplicadas”
Ministrado por:

Alysson Diniz Rodrigues