Atos 13.47-49 / 2 Timóteo 4.7
Quando fui
convidado a falar hoje, uma das primeiras questões que me veio a mente é: Será
que para nós o conceito de uma vida cristã digna do Senhor assumiu novas formas
a medida que os anos passaram?
Vejo muitas
pessoas viverem suas vidas estabelecendo muitas prioridades que casam
perfeitamente com os principais anseios de uma vida terrena e temporária.
Mas no que se
refere a vida cristã, que possui implicações celestiais e eternas, muitos
acabam deixando a desejar.
Não estou aqui
me referindo apenas a uma vida de santidade, separada desse mundo, mas além
disso, uma vida que realmente faça a
diferença para o meu próximo.
Por essa razão,
gostaria de refletir com todos vocês nesta noite sobre a maneira como
pretendemos viver e terminar a vida cristã nesse mundo.
Quero te fazer
uma pergunta simples: Se você partisse hoje desse mundo, como estaria o seu
saldo na vida cristã que você viveu até aqui?
A maioria das
pessoas escolhe viver uma vida que diz respeito somente a elas e a esse mundo,
sem nenhuma repercussão para a eternidade.
Por isso quando
morrem, não há muito o que dizer sobre a vida cristã que viveram, pois foram
egoístas e não fizeram nada de significativo para outras pessoas.
A nossa
compreensão de dar sentido a vida não deve estar limitada somente ao desfrutar
do tempo presente, mas sobretudo entender qual é a nossa missão nessa terra.
Você sabia que
antes mesmo de você vir a este mundo, Deus já tinha planos para sua vida?
Davi sabia
disso quando compôs o Salmos 139.16:
"Teus olhos viram a minha substância
ainda sem forma e no Teu Livro os dias foram escritos, sim, todos os dias que
me foram ordenados, quando nenhum deles ainda havia."
Meu irmão e
minha irmã, se a nossa trajetória nesse mundo foi cuidadosamente preparada por
Deus desde a eternidade, e porque mesmo cientes dessas preciosas verdades,
nossas escolhas e ações dizem ainda respeito apenas a essa vida terrena, sem
nenhuma repercussão no porvir?
Certa vez Jesus
ensinava sobre o perdão e a reconciliação no Evangelho de Mateus capítulo 18.
E falando sobre
nossas escolhas e ações repercutirem na eternidade, Jesus afirmou a eles no verso 18: "Em verdade vos digo: Tudo quanto ligardes na terra terá sido
ligado no céu, e tudo quanto desligardes na terra terá sido desligado no
céu."
Precisamos nos
preocupar se estamos de fato aqui na terra dando significado a nossa vida
cristã, contribuindo para o Reino de Deus da maneira como deve ser.
Quando nos
voltamos para esta segunda carta escrita pelo apostolo Paulo a seu filho amado
Timóteo, essa ideia passa a fazer ainda mais sentido em nossas mentes.
Principalmente
quando olhamos para a vida abnegada em que ele (Paulo) vivia.
Ao olhar para
os versos 6 a 8 do capitulo 4, eu vejo Paulo encarando a certeza de sua morte,
de uma maneira bem diferente do que costumamos ver hoje em dia.
Ele reflete com
confiança sobre o seu serviço ao Senhor. Paulo termina sua trajetória nesse
mundo contabilizando saldos positivos para o reino de Deus.
A Maneira como
Paulo reflete o fim da vida diz muito sobre quem ele foi.
Verso 7 diz: “Combati um bom combate, completei a corrida,
guardei a fé.”
Desde a sua
conversão, Paulo dedicou sua vida a influenciar pessoas ao conhecimento da
verdade.
O que para nós,
leitores de suas cartas é motivo de grande esperança já que nunca é tarde para
virar a pagina e escrever uma nova história.
Ainda que
pecados terríveis tenham sido cometidos e uma vida perversa tenha sido vivida.
Mas desde
aquele encontro com Cristo no caminho para Damasco em Atos 9, muitas oportunidades
de ser usado por Deus surgiram.
Simplesmente
por meio de uma pergunta, no verso daquele capitulo: “Senhor o que queres que eu faça?”
A luz que
refletia sobre o apóstolo Paulo brilha até os dias atuais como uma estrela no
céu que mesmo já tendo se apagado a muito tempo atrás, ainda pode ser vista por
todos, não importa o tempo e a distância que nos separa.
Deus torna a
vida desse homem, que noutro tempo era inimigo da Igreja, em um dos maiores
proclamadores do Evangelho.
Uma pessoa que
escolheu passar vários dias de sua vida dentro de prisões, afim de dar
liberdade aos oprimidos do diabo e do pecado.
O verdadeiro
entendimento do chamado, bem como da sua missão, o fizeram perceber que a vida
não teria outro sentido, senão em aproveitar cada oportunidade de dar um
testemunho autêntico da verdade.
Somente assim,
ele saberia que não viveu em vão nessa terra, mas suas ações e escolhas puderam
repercutir na eternidade.
Ainda que nessa
vida ele tenha sofrido diversos ataques contra seu caráter e ministério. Ele se
doava de tal maneira as pessoas que eram alvos do amor de Deus, que ainda
assim, se voltavam contra ele em amarga hostilidade.
Paulo diversas
vezes foi humilhado e questionado. O apóstolo Paulo, viveu uma das maiores
tempestades de oposição que alguém poderia enfrentar.
No entanto, o
que se pode ouvir dos seus lábios: “Combati
um bom combate, completei a corrida, guardei a fé.”
Ao
escrever a 2ª carta ao Coríntios, no capítulo 11, Paulo faz uma lista de muitas
dificuldades e situações ameaçadoras pelas quais ele passara.
Incluídas
em sua lista estão grandes aflições físicas, aprisionamentos, espancamentos,
apedrejamentos, naufrágios, rios perigosos, assaltantes, perseguição de gentios
e judeus, noites mal dormidas, frio e calor, fome e sede (v. 23-27).
Esse, com toda
certeza, não é o critério para que sejamos cumpridores da missão, mas muitas
vezes usamos situações muito menores, para não pagarmos o preço de sermos
seguidores do mestre.
Em 2 Co. 12.9,
o Senhor concedeu a Paulo uma das verdades mais profundas de toda a revelação,
e que lhe serviria de consolo por toda a sua vida.
“A minha graça te é suficiente, porque o meu
poder se aperfeiçoa na fraqueza.”
Sem isso ele
jamais chegaria ao final da mesma maneira como encontramos na sua derradeira
carta.
E agora, eu
pergunto a todos vocês:
Ø
Quantos anos de Vida Deus já te permitiu viver?
Ø
Por mais quantos anos você espera viver sem que
a sua vida tenha o verdadeiro sentido?
Ø
Como você espera chegar ao final dessa sua
jornada cristã?
A minha oração
nesta noite é que Deus desperte a cada um de nós a avaliar o tipo de
cristianismo que temos vivido, para que ao chegarmos ao final da estrada, não
tenhamos nos arrependido de tudo que não fizemos e lamentemos sobre o saldo em
que fomos achados.
O fim da
trajetória do apóstolo Paulo é um belo exemplo de alguém que soube dar sentido
a vida cristã.
Mas se o
exemplo de Paulo não lhe for suficiente, podemos olhar para onde ele olhava.
Sua verdadeira fonte de inspiração.
A fonte de toda excelência, o padrão mais elevado de todos. Uma vida que chegou ao final de sua
missão, contabilizando grandes saldos e infinitas repercussões na eternidade.
Cristo Jesus.
João 19.30 – “Havendo provado o vinagre. Jesus disse:
Está consumado. E inclinando a cabeça, entregou o espirito.”
O primeiro e
mais importante missionário a vir a este mundo, não abriu mão de cumprir sua
missão.
Filipenses 2.8
– “E achado na forma de homem,
humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz.”
Mesmo diante
dos mais terríveis obstáculos, Ele venceu a dor do abandono, da solidão, do
castigo na carne e da morte.
Ele triunfou
para a glória de Deus Pai.
Não perca a
oportunidade de testemunhar sobre quem Jesus é, o que Ele fez e o que Ele
representa para sua vida.
Lembre-se que
uma vida cristã só terá significado se a nossa missão tiver sido cumprida e
houver alguma repercussão na eternidade por meio de vidas que tenham ouvido a
verdade.
Como você
espera terminar a sua vida?
Que Deus nos
permita chagar ao fim da nossa jornada, contabilizando saldo positivos para a
Glória de Deus.
Ministrado por:
Pr. Alysson Diniz