Introdução
Toda a vida cristã pode ser comparada
a uma caminhada.
E de fato essa é uma das figuras
favoritas do apóstolo Paulo:
- Andai do modo digno da vossa vocação” (Ef 4:1).
- Andai não como os gentios andam” (Ef 4:17).
- Andai em amor” (Ef 5:2).
- Andai como filhos da luz” (Ef 5:8).
- Porque nós andamos por fé e não pelo que vemos” (2 Co 5:7).
Andar sugere progresso e nós
devemos fazer este progresso na vida cristã (Fp 3:13-16).
Pois o objetivo é chegar ao fim da caminhada
e nos encontrarmos com Deus.
Assim como "Enoque andou com
Deus; e já não foi encontrado, pois Deus o havia arrebatado."(Gênesis
5:24).
Paulo descreveu três maneiras de o cristão seguir o seu caminho junto ao Senhor:
I. Andar em Santidade - vs. 1-8
II. Andar em Harmonia - vs. 9-10
III. Andar em Honestidade - vs. 11-12
I. Andar em Santidade – Vs. 1-8
O clima moral do Império
Greco-Romano era absolutamente degradante.
A imoralidade era algo comum em
todas as camadas da sociedade.
É significativo o fato de que é
com este pecado que Paulo começa. A vida sexual do mundo nos tempos do NT era
um caos sem lei.
Dos 15 imperadores, 14 eram
homossexuais.
A luxúria estava presente nos
palácios e nas choupanas.
Na Grécia, nunca tinha havido
qualquer vergonha nas relações antes do casamento ou fora dele.
Demóstenes escreve como se fosse
uma coisa comum, como de fato o era: “Mantemos amantes para nosso prazer,
concubinas para as necessidades diárias do corpo, mas temos esposas a fim de
produzir filhos de modo legítimo e de ter uma guardiã fidedigna dos nossos
lares”
Sêneca dizia que as mulheres
casavam-se para divorciar e se divorciavam para casar.
A sociedade grega estava
acostumada com a sexualidade misturada com práticas religiosas.
Tessalônica era uma cidade grega
encharcada de sensualidade.
Se localizava ao sudeste da
Macedônia e ao nordeste da Acaia.
Ficava entre as cidades de Filipos e Beréia e
ao norte de Corinto.
Ali a velha moralidade
travestiu-se de uma nova moralidade.
Quando olhamos para a Tessalônica
daqueles dias percebemos o quanto vivemos numa sociedade decadente moralmente,
onde não há valores abslutos.
A promulgação do casamento gay. A
idéia de que o casamento é uma união informal que não precisa de papel ou a
completa desvalorização do que o casamento representa.
A livre pornografia ao alcance de
quelquer pessoa.
A Palavra de Deus nos adverte a
não nos apegarmos a este sistema mundial que tenta impor suas concepções de
prazeres e realizações.
É preciso ficar bem claro que o
casamento é heterosexual, monogâmico, monossomático e indissolúvel.
Durante algum tempo, Deus tem me
falado muito a respeito do tipo de cristianismo que temos presenciado em nossos
dias.
E como deve ser a nossa resposta
mediante aos ensinamentos da Palavra.
Paulo afirma no verso 1, que as
instruções passadas a eles não são novas e que são dadas através de Jesus
Qualquer tentativa de andar na
contramão destas palavras denota um ato de insanidade e negligencia.
Uma atitude contrária a vontade
de Deus para a nossa vida, e para os membros de nossa família ou igreja.
Pois quando se busca os valores
do mundo, há naturalmente o anseio por incluir os desejos impuros da carne.
Paulo deu quatro razões porque
devemos viver uma vida santa e abster-nos da impureza:
1. Para agradar a Deus – v. 1
Todo mundo vive para agradar
alguém:
Muitas pessoas vivem para agradar
a si mesmas – E quanto a isso, o cristão não pode viver apenas para agradar a
si mesmo (Rm 15:1).
Muito também vivem apenas para
agradar aos outros – E o apóstolo disse: “Se eu fosse agradar a homens eu não
seria servo de Cristo” (Gl 1:10; 1 Ts 2:4).
E ainda há aqueles que buscam
acima de tudo agradar a Deus, sendo esse o nosso principal objetivo de vida –
Jesus viveu para agradar o Pai.
Agradar a Deus é muito mais do
que simplesmente obedecê-lo.
É possível obedecer a Deus e não
agradá-lo.
Assim como Jonas que obedeceu a
Deus e fez o que ele mandou, mas o seu coração não estava naquele projeto.
Deus abençoou sua Palavra ali
anunciada, mas não pôde abençoar o seu servo.
Que outra razão temos para viver
uma vida santa e abster-nos da impureza:
2. Para obedecer a Deus – v. 2-3
Quando Paulo esteve com a igreja
em Tessalônica, ele deu os mandamentos de Deus concernentes à pureza moral.
A palavra “instrução” é um termo
militar. Ela se refere à ordens dadas de um superior para um soldado.
Nós somos soldados do exército de
Deus. Nós devemos aprender a obedecer as ordens recebidas da sua parte.
Em 1 Ts 4:3 Paulo relembrou a
esses novos crentes que imoralidade sexual não agrada a Deus.
Foi Deus quem criou o sexo e Ele
tem autoridade para intruir sobre o seu uso.
Desde o começo Deus estabeleceu o
casamento como uma união sagrada entre um homem e uma mulher.
Deus criou o sexo tanto para a
procriação como para o deleite do casal.
Os mandamentos de Deus acerca do
sexo não são com o propósito de roubar as pessoas da alegria, mas protegê-las,
para que elas não percam a alegria.
O mandamento bíblico “Não
adulterarás” levanta uma muralha ao redor do casamento, fazendo do casamento
não uma prisão, mas sim um lindo jardim protegido.
A ordem bíblica é “abstenham-se
da imoralidade sexual (porneia)”.
Nem a teologia liberal, nem a
filosofia ou psicologia podem alterar ou sequer amenizar essa ordem.
Através de toda a Bíblia Deus
traz advertências sobre os pecados sexuais e essas advertências devem ser
observadas.
O abuso geral e desenfreado do
sexo fora dos limites matrimoniais bem como o uso ilícito dos impulsos sexuais
contitui-se um pecado grave contra Deus.
E verdade seja dita aqui: acabe com
a moralidade de um povo e lentamente você o exterminará.
Ao que tudo indica, estamos
caminhando para essa realidade.
O Império Romano só caiu nas mãos
dos Bárbaros porque já estava minado pela imoralidade.
A pornografia é hoje um câncer na
sociedade.
Estatística de 2001: 75% homens e
63% mulheres são infiéis.
A revolução da década de 60 com
os Beatles e os Hippies levaram a juventude mundial a uma reviravolta dos
valores: rock, drogas e sexo.
A virgindade passou a ser um
tabu.
A homossexualidade uma opção
legítima.
O adultério uma escapada
estratégica.
Outra razão do porque devemos
viver uma vida santa e abster-nos da impureza:
3. Para glorificar a Deus – v. 4-5
Este é o lado positivo do
mandamento.
Os cristãos devem ser diferentes
dos não convertidos.
Os pagãos (não salvos) não
conhecem a Deus.
Portanto, eles vivem impiamente.
Mas nós conhecemos a Deus, e nós somos desafiados a glorificar a Deus nesse
mundo.
A afirmação “Cada um saiba
controlar o próprio corpo” vs. 4 – Tem dois significados básicos:
A) Controlar o seu corpo – Isso
porque os nossos corpos são vasos nas mãos de Deus (2 Co 4:7; 2 Tm 2:20-21).
O nosso corpo é o santuário, o santo dos
santos, a catedral existencial onde habita o Espírito Santo.
O crente precisa se vestir para a
glória de Deus. E viver em santidade para a gloria de Deus.
B) Como obter a esposa – O namoro
e o noivado devem ser puros.
A esposa é chamada de vaso mais
frágil (1 Pe 3:7).
Quando um homem age com impureza
com uma jovem ou mulher casada, ele defrauda seu pai ou seu marido.
Mesmo que a vítima não venha
descobrir, Deus é o vingador.
Ao que o contexto indica, o
primeiro significado está mais associado ao assunto do texto, visto que Paulo
está falando a todos os crentes e não apenas aos casados.
O crente que comete pecado sexual
está cometendo pecado contra o seu próprio corpo (1 Co 6:19-20).
“Não com a paixão de desejo
desenfreado, como os pagãos que desconhecem a Deus” vs. 5
Os pagãos usam seus corpos com
lascívia porque não conhecem a Deus.
Eles agem com impureza porque
estão distantes e não se relacionam com o Senhor.
A imoralidade é o modus operandi
dos pagãos que vivem nutrindo a sua própria carne.
Ou será que também é de alguns
que se dizem cristãos?
Tito 1:16: “No tocante a Deus
professam conhecê-lo, mas o negam por suas obras”.
“Neste assunto, ninguém
prejudique a seu irmão nem dele se aproveite”vs. 6a
Defraudar é despertar um
sentimento ou desejo no outro que não pode ser licitamente satisfeito.
O perigo de ficar no limite.
Muitas pessoas se vestem para se tornar atraentes: roupas provocantes, gestos,
palavras aliciadoras.
Por fim, uma ultima razão do
porque devemos viver uma vida santa e abster-nos da impureza é:
4. Para escapar do julgamento de Deus – v. 6b-8
Certa vez um membro de igreja
criticou o pastor porque ele estava pregando sobre o pecado na vida dos
crentes.
O membro dizia que o pecado na
vida do crente é diferente do que na vida do ímpio.
O pastor, então, respondeu: “Sim
é diferente, o pecado na vida do crente é pior”.
Enquanto é verdade que o cristão
não está sob condenação (Jo 5:24; Rm 8:1), é também verdade que há uma farta
colheita de sofrimento quando se semeia na carne (Gl 6:6-7).
Quando o rei Davi cometeu
adultério, ele tentou esconder o seu pecado.
Salmos 32.3: "Enquanto
escondi os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer."
Quando Davi confessou o seu
pecado, Deus o perdoou, mas Deus não pôde mudar as consequências.
Davi colheu o que ele semeou, e
isso foi uma dolorosa experiência para ele.
Ser escolhido por Deus não é uma
desculpa para pecar, mas um encorajamento para a santidade.
1 Tessalonicenses 4.7:
"Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade."
1 Pe 1.15: “Assim como é santo
aqueles que vos chamou, sede vós também santos”.
Um andar santo envolve um correto
relacionamento com Deus Pai que nos chamou, com Deus Filho que morreu por nós e
com o Deus Espírito Santo que habita em nós.
É a presença do Espírito Santo
que faz os nossos corpos o templo de Deus (1 Co 6:10-20).
Além do mais é por andarmos no
Espírito que triunfamos sobre os desejos da carne (Gl 5:16).
É preciso buscar a Santidade que
Deus requer de nós:
1) Porque o Senhor contra todas
essas coisa é o vingador: Muita gente tem brincado com Deus na área do sexo
como Sansão e acabado cego e preso. A Bíblia diz que de Deus não se zomba.
2) Porque Deus não nos chamou
para a impureza e sim para a santificação: Não podemos inverter o propósito de
Deus em nossa vida.
Ele nos elegeu antes da fundação
do mundo para sermos santos.
3) Quem despreza a santificação,
despreza a Deus: Quem se entrega à impureza é contrário a Deus.
A situação não é: como eu vou
ficar agora diante dos meus irmãos, da minha igreja, da minha família. Mas,
como vou ficar diante de Deus.
4) Quem pratica a impureza
menospreza o recurso que Deus oferece para uma vida santa:
O Espírito Santo nos foi dado
como santificador.
A Biblia diz: “Andai no Espírito
e jamais satisfareis as obras do carne”.
Andar em impureza é entristecer o
Espírito Santo, é apagar o Espírito Santo, é ultrajar o Espírito Santo.
Deus não apenas nos chama para a
santidade, mas nos dá poder para vivermos uma vida santa.
Outro caminho que Paulo descreve
nesse texto para o Cristão seguir é:
II. Andar em Harmonia – Vs. 9-10
A transição da santidade para o
amor é natural.
Assim como o amor de Deus é
santo, o nosso amor por Deus e de uns pelos outros deve também ser motivado por
um viver santo.
Quanto mais nós andamos com Deus,
mais amamos uns aos outros.
Se um cristão realmente ama a seu
irmão, ele não vai pecar contra ele (4:6).
Deus Pai nos ensinou a amar
quando ele nos deu Cristo para morrer por nós.
O Filho nos ensinou a amar quando
nos deu um novo mandamento (Jo 13:34,35) e o Espírito nos ensinou a amar quando
ele derramou o amor de Deus em nossos corações.
Podemos dizer que o amor é o
sistema circulatório do corpo de Cristo.
O amor fraternal é ordenança de
Deus para a igreja (4:9)
.O amor fraternal é para ser
exercido sem fronteiras, a todos, aos de perto e aos de longe (4:10).
O amor fraternal pode crescer
sempre (4:10).
E um ultimo caminho descrito por
Paulo nesse texto é:
III. Andar em Honestidade – Vs. 11-12
O cristão não apenas tem o
compromisso de amar os irmãos, mas também dar um bom testemunho aos de fora da
igreja.
Os cristãos precisam ter uma vida
financeira controlada para não dar mal testemunho aos de fora (4:11-12).
Infelizmente algumas pessoas
daqueles dias não entenderam a doutrina da segunda vinda de Cristo e
abandonaram seus empregos com o propósito de ficar esperando a volta de Cristo.
Isso significou que eles
precisaram ser assistidos financeiramente por outros crentes.
Isso significou que eles não
pagaram suas próprias contas e isso gerou um mal testemunho entre os incrédulos
(4:11-12).
Muitos correm sério perigo do consumismo ou do cartão de crédito.
Também do perigo de comprar
coisas que não precisam, com o dinheiro que não tem, para impressionar as
pessoas que não conhecem.
Há muitos crentes que defendem a
ortodoxia, mas não pagam suas contas.
Crentes que não cuidam de seus
próprios negócios e acabam se intrometendo na vida dos outros e causando
problemas.
Quando estamos envolvidos no
nosso próprio trabalho, não temos tempo para nos envolvermos nos negócios
alheios.
Devemos agir com prudência com os
que são de fora (Cl 4:5).
Concluímos meus irmãos, que a
conduta cristã nessa terra, será apenas reflexo do quão próximos de Deus
caminhamos nessa vida.
É preciso se atentar aos cuidados
de Deus em nos apontar a direção para não nos perdermos pelo caminho.
Recebemos do Senhor tudo que é
necessário para uma vida cristã que o glorifique.
Que Deus realmente mantenha os
nosso olhos sempre abertos quantos aos perigos que existem e que são reais
nessa jornada, nos atraindo para cada vez mais perto d'Ele.
Ministrado por:
Alysson Diniz Rodrigues