“Pai,
se queres, afasta de mim este cálice; todavia, não seja feita a minha vontade,
mas a tua.”
Era quinta-feira à noite. Entre os discípulos
sentados a mesa com Jesus reinava um silencio constrangedor.
Todos se sentiam apreensivos frentes aquilo
que o Senhor Jesus acabara de dizer: “...um
dentre vós me trairá” (Mt. 26.21).
Mas não sabiam de quem Jesus estava falando.
Cada um perguntava a si mesmo se era capaz de tornar-se um traidor.
Logo depois estariam no jardim Getsêmane,
para onde Jesus os levaria após o jantar.
Algo que ficou claro ao longo desta caminhada
é que nenhum daqueles que andavam com Jesus havia compreendido plenamente a
natureza da missão de Cristo. Ou pelo menos, como tudo se daria.
Todos estavam ansiosos para que Jesus se
pronunciasse como o Messias esperado, o grande rei que estabeleceria seu
governo na terra.
Sem ao menos se preocupar com a possibilidade
de blasfêmia, motivo de pena de morte, conforme os padrões religiosos daquela
época.
Certamente estavam sonhando com a
possibilidade de morarem algum dia no palácio real. Imaginavam os cargos
governamentais que ocupariam como amigos e seguidores do rei. Como então
mudariam as estruturas deste povo até então oprimido pelos romanos,
devolvendo-lhe a liberdade e os seus direitos.
Com certeza meus irmãos, todos foram
surpreendidos ao perceberem que a história seria diferente para o Mestre e seus
seguidores.
Ao invés de um triunfalismo vazio e uma visão
errada do propósito de Deus.
Jesus estava em instantes anteriores travando
uma de suas maiores e mais terríveis batalhas. Ele lutou contra Satanás ao
nosso favor naquela noite de quinta-feira no Getsêmane.
Não sei se você meu irmão e minha irmã já
tiveram a experiência de sentir a opressão de Satanás. Um poder atenuado por
causa da presença de Jesus, mas suficiente para nos apavorar.
Jesus estava sozinho quando enfrentou
Satanás. Ele havia pedido aos seus discípulos que orassem com Ele. Mas eles não
o fizeram, porque estavam dormindo.
Por esta razão devemos manifestar toda nossa
gratidão a Jesus por ter carregado todo esse fardo sozinho, morrido na cruz,
aniquilando o príncipe do mal, alcançando a vitória sobre a morte, para que
fossemos salvos.
Quanto aos discípulos, podemos ver claramente
o que resultou a sua falta de vigilância na oração.
No momento em que mais se precisou dos seus
discípulos, diante da primeira cena de perigo, eles fugiram para bem longe.
(Mateus 26.56).
Muitas vezes não podemos ver tão claramente
as consequências de nossas falhas, como no caso dos discípulos.
Todavia, é certo que deixamos de experimentar
algo melhor de Deus como bênçãos e proteção nas tentações, simplesmente por
estarmos dormindo espiritualmente ou preenchendo nossas vidas com outras coisas
em vez de vigiarmos e orarmos.
Jesus cumpriu perfeitamente o que se
propusera: morrer por nós na cruz.
Até fez questão de apanhar pelos nossos
pecados lucidamente e não anestesiado.
O que era o propósito do vinagre oferecido: evitar
o sofrimento.
Resistiu também a Satanás, que tendo ainda
não desistido de impedir a salvação da humanidade, induziu pessoas através de
zombarias, tentando Jesus a descer da cruz antes de declarar “está consumado!”
(Mt. 27.39-40)
Contudo Jesus cumpriu a sua tarefa com a mais
alta excelência.
Levou sobre si todos os pecados da
humanidade.
Recebeu o castigo que a justiça divina exigia
em vista dos pecados.
Jesus sabia que agora pagara todos os pecados
da humanidade. Com isso também os meus e os seus pecados estão liquidados e a
nossa nota de débito perante Deus está cravada na cruz (Cl. 2.14).
Louvado seja o nosso Senhor Jesus Cristo, o
Cordeiro de Deus, que nos trouxe uma nova esperança frente a eternidade!
Ministrado por:
Alysson Diniz Rodrigues
Bacharel em Teologia
dinizalysson@yahoo.com.br
alyssondiniz1@gmail.com