Deixa eu te dizer...

sábado, 2 de setembro de 2017

Lute Contra o Mundanismo - I João 2.15-17


A Palavra de Deus nos adverte a não nos apegarmos a este sistema mundial com suas concepções de sucesso e glória; maldades e corrupções.
Mas a nos apegarmos de fato àquilo que representa a vontade de Deus para nós. Vivermos uma vida separada, distante das paixões mundanas.
Durante algum tempo, Deus tem me falado muito a respeito do tipo de cristianismo que temos vivenciado em nossos dias.
E como deve ser o nosso comportamento mediante aos ensinamentos da Palavra.
Ao longo deste tempo tenho percebido como muitos têm sido levados para longe de uma vida autenticamente separada para o Senhor.
Tudo por simplesmente viverem se preenchendo daquilo que a Palavra considera como passageiro e que não tem origem no próprio Deus.

John Wesley – “A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão.”
E de uma forma ou de outra, aquilo que conhecemos por mundanismo tem-se incorporado a igrejas e famílias cristãs de tal maneira que vemos seus sinais na vida de muitos que fazem parte dela.
O dia 20 de março de 1995 ficará para sempre marcado na memória dos japoneses.
Nesse dia, uma seita conhecida como “Verdade Suprema”, utilizou um tipo letal de gás, para contaminar toda uma rede subterrânea de metrô em Tóquio, liberando uma quantidade suficiente para matar 12 pessoas e expor a outras 5 mil aos seus efeitos.
Um gás invisível, mas extremamente letal.
Assim é o mundanismo – uma arma poderosa usada por Satanás para abalar as estruturas de muitas familias ou igrejas, que consequentemente tem experimentado um esfriamento espiritual, um cristianismo superficial e/ou um afastamento da Palavra.
Chega a nossa mente e em nosso coração de forma sorrateira, subtraindo a santidade que Deus deseja para familias e igrejas.
Se esta não tem sido a realidade de nosso contexto, com certeza é para muitos e por isso se torna um alvo para cada uma das nossas orações.
O dicionário bíblico define “mundano” como aquele que busca satisfação nos bens e prazeres deste mundo.
Mas veremos neste estudo que o conceito de mundano e de mundanismo transcende a mera definição dessas palavras.
Algo que se faz necessário salientar, é o ideal de Deus: a nossa santificação.
O ideal de Deus para sua igreja e a família é a santificação; isso porque, em primeiro lugar, ele é santo.
O Novo dicionário da Bíblia afirma: “Santidade, tanto no Antigo como no Novo Testamento, é atributo que, no seu sentido mais elevado, se aplica a Deus. Denota em primeiro lugar, o fato de estar separado da criação e de estar acima da mesma. Dessa maneira, estabelece a transcendência de Deus. Yahweh é o Santo que faz um alto contraste com os deuses falsos e com a criação inteira.”
Ainda sobre a santidade cristã, convém afirmar que se trata de um imperativo dado por Deus.
Filipenses 4.3a,7 “A vontade de Deus é esta: a vossa santificação. Pois Deus não nos convocou para a impureza, mas sim para a santificação.”
I Pedro 1.16 – “Porquanto está escrito: ‘Sede santos, por que Eu Sou santo’.”
Qualquer tentativa de andar na contramão destas palavras denota um ato insano de negligencia e uma atitude contrária a vontade de Deus para a nossa vida, e para os membros de nossa família ou igreja.

A origem do mundanismo

A origem do mundanismo está em Gênesis 3, quando a Bíblia relata a queda da humanidade.
A partir desse momento, o homem procurou amar o mundo, não o Pai, buscar o prazer da carne e dos olhos, que a Bíblia chama de “concupiscência”, e viver uma vida de arrogância e orgulho, que a Bíblia identifica como “soberba da vida”.
Ao exortar os cristãos a não amarem o mundo nem o que nele há (I Jo. 2.15,16), a Palavra de Deus está se referindo a não esposar seus valores e conceitos, não seguir seus caminhos incertos e, tampouco, experimentar os enganosos prazeres que o mundo oferece.
Em síntese, devemos nos afastar de tudo quanto Deus odeia e que ofende a sua santidade.
A palavra “mundo” aqui empregada por João tem, na língua grega, a idéia de sistema e pode significar a humanidade organizada em rebelião contra Deus.
Este sistema pode estar presente, na música, na pintura, no teatro, na dança, na escultura, na literatura, nas ciências, na política, no comércio, nas leis, na educação, enfim em todas as áreas de interesse em que o homem se faz presente, como bem lembrou Watchman Nee, em seu livro Não Ameis o Mundo.
Quando se busca os valores do mundo, há naturalmente o anseio por incluir os desejos impuros da carne (concupiscência da carne) que é a busca desenfreada da gratificação sensual.
I Coríntios 6.18 – “Fugi da imoralidade. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo; mas quem pratica a imoralidade peca contra o seu próprio corpo.”
E também a concupiscência dos olhos, que é a cobiça, o desejo desenfreado pelas coisas que são atraentes aos olhos, que em seu âmago é um desejo não proveniente de Deus e, por conseqüência, não tem a aprovação dele.

Em termos práticos, pode ser contemplar pornografia, valorizar literaturas picantes ou se divertir com cenas teatrais onde reina a imoralidade.
Cobiçar bens materiais para um simples desfrutar egoísta, tanto quanto a mera fama ou o sucesso que o mundo oferece.
No que diz respeito à “soberba da vida”, a idéia é cultivar o orgulho, a arrogância ou a altivez. Denota aquele fanfarrão que exagera no que possui a fim de impressionar as pessoas.
Tudo isso é pecado, e de uma forma ou de outra, mina a vida e a saúde espiritual da família e da igreja, quando se tolera tais comportamentos ou atitudes, ou se fazem vistas grossas a tudo isso.
Meus irmãos o mundo hoje tem muito a oferecer a família, mas se não estivermos preparados, veremos com certeza as nossas família e as nossas igrejas se desintegrarem.
Existem muitas coisas para se envolver, mas o que há de melhor, sobretudo para a saúde da família e da igreja, está contido nas Escrituras.
No meio de uma geração corrompida e perversa, precisamos no preocupar em nos proteger do mundanismo que nos cerca e oferecer a Palavra de Deus dentro dos nossos lares.

O mundanismo na Bíblia

No Antigo Testamento há vários relatos que servem de alerta para o povo de Deus hoje.
Quando Deus orientou o povo de Israel a tomar posse da terra prometida, deixou claro que não deveria, de forma alguma, contaminar-se com as práticas repugnantes dos povos que habitavam aquela região (Dt. 18.9).
Os profetas denunciaram várias vezes que o povo de Israel estava desobedecendo a Deus ao praticar atos contrários a vontade dele.
Basta lembrar-se do caso de Oséias. O resgate que ele fez de sua mulher, que o deixara, adultera, amada por outrem, é um exemplo vivo, porém triste, de como Israel havia sido infiel para com seu Esposo, Deus, e como este estava disposto a demonstrar novamente seu amor por essa nação, resgatá-la de sua decadência moral e espiritual, e tomá-la de volta em seus braços (Os. 3.1-3).
O Livro de Esdras, por exemplo, relata um comportamento estranho do povo que bem retratava um claro exemplo de mundanismo. Estes reconheceram que foram infiéis para com Deus, fazendo aliança com mulheres estrangeiras de outros povos (Ed. 10.2).
No Novo testamento, um caso contundente de mundanismo pode ser observado na igreja de Corinto.
Essa igreja, infelizmente, tornou-se um exemplo negativo de como o mundanismo pode penetrar as igrejas e nas familias.
É possível notar como essa igreja foi tolerante com o mundanismo em seu seio.
Paulo relata um caso de incesto, envolvendo um membro dessa comunidade (I Co. cap. 5).
Anteriormente, Paulo já havia repreendido os membros da igreja de Corinto chamando-os de “carnais e mundanos” (I Co. 3.3).
Às vezes pensamos que o problema estava somente na igreja de Corinto como instituição, mas devemos sempre nos lembrar que o mundanismo de Corinto estava incrustado, acima de tudo, nas pessoas e nas famílias que faziam parte da igreja.
Havia naquela igreja famílias como às de Cloé, Crispo, Gaio, Estéfanas (I Co. 1.11,14-16).
Além dos pecados de divisão, partidarismo, incesto, Paulo também afirma que havia na igreja de Corinto casos de prostituição (I Co. 6.13-17) e ordenou que a imoralidade sexual (I Co. 6.18), anseio por divórcios (I Co. 7.13) e tantas outras praticas pecaminosas, fossem abandonadas.

As Conseqüências do Mundanismo

Quando o mundanismo se infiltra nas famílias e, por conseguinte, nas igrejas, muitos prejuízos são contabilizados.

O mundanismo fere a santidade de Deus

Deus se entristece quando um crente, uma família ou uma igreja abrigam em seu interior palavras, pensamentos e atitudes completamente mundanas.
Por isso Paulo exorta novamente os crentes de Corinto a aperfeiçoarem a santidade no temor de Deus.

II Coríntios 7.1 – “Amados, visto que temos essas promessas, purifiquemo-nos de tudo que possa contaminar o corpo e a alma, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus.”
Mais adiante, o autor de Hebreus afirma que sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb. 12.14).

Leva a derrota

Prestem bastante atenção ao que vou lhes dizer: Quando uma família cristã abriga o pecado, o mundanismo, em seu seio, a obra do Senhor e o avanço da igreja são prejudicados.
Basta lembrar o caso de Acã, em Josué, capitulo 7. O povo de Israel só voltou a experimentar a vitória quando o pecado foi revelado, a tenda purificada e todos se santificaram. 
Mundanismo na vida cristã ou na família é um entrave para o avanço, a expansão, da igreja de Cristo.
Outro exemplo claro está na vida de Davi. Seu ato mundano, de possuir uma mulher que não era dele, praticando assim adultério, foi o primeiro passo para experimentar derrotas deprimentes em sua família e em seu reinado (II Sm. 12.9-12).
Deus o perdoou daquele ato imundo, mas as conseqüências não tardaram a vir e foram severas demais para ele.

Enfraquece o testemunho cristão

Ainda lembrando aqui do caso de Corinto, existe uma frase que por muitas vezes passa despercebida.
I Coríntios 5.1 – “Por toda parte se ouve que há imoralidade entre vocês, imoralidade do tipo que nem mesmo entre os pagãos ocorre.”
E que palavras duras essas que o Apóstolo escreveu a respeito daqueles crentes!
A expressão grega porneia, aqui traduzida por “imoralidade”, significa todo tipo de impureza moral e indecência. O incesto era expressamente contra a Lei judaica e abominável entre os romanos.
Um antigo orador, chamado Cícero declarou que tal ato era desconhecido na sociedade romana de sua época.
A forma como Paulo descreve, faz supor uma atitude repugnante mesmo para os padrões mundanos daqueles que não criam em Deus (pagãos).
E é desta forma que o mundanismo enfraquece o testemunho da igreja.

Como Combater o Mundanismo

O papel da igreja - Pregar mais sobre a santidade de Deus

Pastores e Líderes juntamente com suas igrejas precisam ser identificados como defensores de um viver separado e agradável aos olhos de Deus.
Muitos tem se preocupado em pregar mensagens que atraem multidões para uma vida onde não é preciso conversão, basta ter fé e tudo que você mais sonha para esta vida se realizará. Este falso evangelho tem conduzido muitos para longe de um viver cristão autentico.
Nossas abordagens precisam ser mais constantes e com mais veemência sobre a necessidade de uma vida de santificação na presença daquele que é o Santo.
Santidade no falar: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra que cause destruição, mas somente que é útil para edificação, de acordo com a necessidade, a fim que comunique a graça aos que a ouvem.” (Efésios 4.29). A palavra “torpe”, no grego, tem a idéia de “podre”.
Santidade no pensar: “Pensai nas coisas que são do alto, e não nas que são terrenas.” (Colossenses 3.2). O cristão autêntico não prende seus pensamentos naquilo que é deste mundo, pois eles vão muito além daquilo que é meramente passageiro.
Santidade no olhar: Uma das muitas características do ser cristão, é o olhar puro que não se volta para aquilo que é pecaminoso, pois este sabe muito bem dos perigos em que pode-se estar exposto.

Denunciar e condenar o pecado e a necessidade de arrependimento

Pastores e Líderes juntamente com suas igrejas devem denunciar e condenar o pecado.
Mesmo que isso não seja agradável aos ouvidos do povo, não se deve abdicar dessa tarefa dada por Deus.
Assim como Paulo encarrega a Timóteo de pregar a palavra, preparando-se a tempo e fora de tempo, aconselhando, repreendendo e encorajando com toda paciência e sã doutrina (II Tm. 4.2).
Com a mensagem de condenação do pecado, a igreja deve seguir o exemplo de João Batista: pregar o arrependimento.
Mateus 3.1-2 - “Naqueles dias apareceu João Batista, pregando no deserto da Judéia e dizendo: Arrependei-vos, porque o reino do céu chegou.”

Exercer a disciplina

Acã e sua família foram disciplinados (Js. 7.19-26). Davi foi disciplinado por Deus por meio de Natã (II Sm. 12.7-11). Paulo recomendou que aquele membro da igreja de Corinto praticante de incesto fosse disciplinado (I Co. 5.2-5).
Paulo afirma em Gálatas 5.9, que um pouco fermento é suficiente para que toda uma massa fique fermentada.

Cultivar a Palavra

O firme propósito de Deus para a família e a igreja é que a sua Palavra esteja presente no coração dos seus.
Mas infelizmente estamos presenciando uma geração que tem se afastado da Bíblia.
Por muitas vezes, conversa-se sobre a Bíblia, se defende a Bíblia, louva-se e exalta-se a Bíblia. No entanto conhece-se muito pouco sobre seu conteúdo.
É importante entender que o contato direto de cada família com as Escrituras é o principal meio de fortalecimento espiritual.
E a única maneira duradoura e efetiva de fazermos isso é dar à Palavra de Deus seu lugar de direito no coração da igreja.
Porque quando assim for, veremos o mundanismo ser expurgado para fora do nosso meio.

QUESTÕES PARA REFLETIR
  • *  Você acredita que a igreja; bem como suas famílias influenciam o mundo com os princípios da Palavra, ou estão sendo influenciados pelos princípios de uma sociedade sem Deus?
  •     Diante de tudo que abordamos nesta noite, o que mais tem contribuído para que o mundanismo penetre nos lares e nas igrejas?
  •      Você já parou para pensar em qual é o seu papel como parte deste corpo nesta luta contra o mundanismo?

 Conclusão

A luta contra o mundanismo é mais antiga do que possamos imaginar, e ela continuará até a volta do Senhor Jesus Cristo.
Se a igreja, juntamente com suas famílias, se unirem nessa batalha, o Reino de Deus será engrandecido, Deus se alegrará e o avanço do Evangelho se dará de uma forma muito natural, abreviando assim a volta do Senhor.
Para que enfim, no céu, estejamos livres de qualquer traço de impureza ou mundanismo.
Que Deus nos abençoe e conserve em nós esta alegre e firme expectativa, vivendo acima de tudo conforme o seu agrado.
Quero fechar esta mensagem com uma importante Palavra do Senhor para nós.

Tito 2.11-13 – “Porquanto, a graça de Deus se manifestou salvadora a todas as pessoas. Ensinando-nos a renunciar as paixões mundanas e a viver de uma maneira sensata, justa e piedosa nesta presente era, enquanto aguardamos a bendita esperança: o glorioso retorno de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo.”

Somente pela Graça!

Ministrado por:
Profº Alysson Diniz R

Uma família fundamentada na verdade - Deuteronômio 6.6-9



Estamos vivendo um tempo em que é vital fortalecermos os fundamentos da família.
Esta palavra, além de ser, em especial, para aqueles que estão se preparando para constituir uma família, é também para aqueles que já formaram as suas famílias e almejam reconstruí-las diante de grandes provações.
Esta palavra servirá para lembrar as famílias dos valores e princípios inegociáveis e imutáveis da Palavra de Deus que formam a sua base.
É claro que a família, como uma instituição, está com um sério problema.
A partir dos anos 60, a sociedade popular abertamente declarou guerra aos ideais históricos do lar e da família.
Com o crescimento assustador dos divórcios, o casamento perdeu a essência de sua importância.
A posição da mãe que fica em casa começou a ser tratado como descuidado e servil.
Desde então, a sociedade vem rápida e imprudentemente adotando os novos valores, filosofias educacionais e até mesmo regulamentos do governo que são agressivos à ordem da família.
A mídia popular (incluindo filmes, música, rádio, televisão, internet e até mesmo a mídia de notícias) tem de várias formas, tentado normalizar tudo o que é aberrante e celebrar tudo o que é disfuncional na cultura enquanto rebaixa o próprio sentido de famílias fortes e bem estruturadas.
A tolerância de nossa sociedade para com o aborto (mais de 1.500.000 abortos são feitos por ano no Brasil), a homossexualidade (a legalização da união estável entre homossexuais), pornografia (cada vez mais acessível a jovens e adolescentes) e outros males, apenas têm arruinado mais ainda a base moral da vida familiar.
Naturalmente, as famílias estão se desintegrando rapidamente.
Esta é uma séria ameaça a toda a civilização, porque a família nuclear (consistindo de pai, mãe e filhos) é a unidade social mais básica e, portanto, o exato fundamento da própria sociedade.
Destrua os laços que unem as famílias e a comunidade de forma geral se desintegrará. E isso está acontecendo diante de nossos olhos.
De fato, muitos líderes de igrejas e leigos cristãos entendem que a desintegração da família é um dos maiores desafios que a igreja enfrenta em nossa geração.
A igreja do Senhor precisa se posicionar diante dessa realidade que nos cerca.
Existe uma multidão de ministérios de mídia evangélica, publicadores cristãos, organizações para-eclesiásticas e programas para pais cujo propósito principal é contra-atacar as tendências culturais que ameaçam a família.
Alguns esperam resolver o problema por meios políticos e legislativos. Outros pensam que a melhor maneira de influenciar a cultura é através da arte, mídia e educação.
E ainda outros parecem crer num cuidadoso treinamento em técnicas de criar filhos e que os pais precisam de mais métodos de disciplina, sistemas para ensinar responsabilidade aos garotos e de programas detalhados de educação dos filhos para ajudar aos pais que não têm a mínima idéia de como resolver os problemas.
Todas estas coisas são boas e úteis na medida apropriada.
Mas quero chamar a atenção de todos aqui para a melhor e mais importante maneira que os cristãos devem buscar para reagir às tendências de uma sociedade hostil à família:
Fazer da Palavra de Deus o centro e o foco de sua própria vida familiar.
O mais profundo e duradouro impacto que nós podemos fazer na sociedade começa com o fortalecimento de nossas próprias famílias.
E a única maneira duradoura e efetiva de fazermos isso é dar à Palavra de Deus seu lugar de direito no centro da família.
Afinal de contas, quando Deus esboçou Seu plano para as famílias de Israel, esta era a essência inteira de Seu projeto para a criação de filhos e a vida no lar.
A Palavra de Deus era para ser central em cada aspecto da família. Ela foi dada para ser o principal assunto da instrução dos pais e da conversação familiar durante todas as ocasiões de trabalho, viagem e lazer.
A Palavra de Deus seria usada até mesmo como uma jóia preciosa e seria gravada nos batentes das casas.

“Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.” (VS. 6-9).


Edificar uma família centrada na Palavra é, portanto, a exata essência da responsabilidade que Deus mesmo tem dado aos pais, e é um dever que cada pai deve abraçar alegre e satisfatoriamente.
Mas vamos pensar um pouco mais em tudo isso que temos falado e observado.
No texto que lemos fica claro como Deus inspirou o primeiro livro sobre a família.
Isso a cerca de 3.500 anos atrás através de Moisés – palavras que poderiam ser chamadas de “A Carta Magma do Lar Bíblico”.
Com 600.000 famílias recém saídas da idolatria do Egito para guiar e alimentar com a Palavra do Senhor diante de tantos obstáculos no deserto, a necessidade era imensa.
No entanto, qual foi o único e mais importante detalhe das palavras de Deus referidas a Moisés neste contexto?
Foi o chamado de Deus para ter casamentos, famílias e lares cheios da Palavra! O que acontece quando a Palavra de Deus é ignorada, negligenciada ou se não depreciada? Um passeio ao shopping ou a um parque, um evento esportivo, um fim de semana no clube. Nada disso é errado. Mas muito disso tem se tornado a prioridade.
Conseqüentemente, vemos casamentos que se perderam sem uma direção, uma geração de pais frustrados e esgotados porque não sabem mais lidar com seus filhos.
Crescendo entre nós está a próxima geração – uma geração que normalmente é distraída, freqüentemente mimada e um tanto quanto indisciplinada.
Os sinais e os sons de desrespeito, egoísmo e orgulho estão por toda a parte.
E é por esta razão que conclamo a igreja do Senhor para resgatar as nossas familias de volta para uma vida cheia da Palavra de Deus.
Amém?

F.T: O que é uma família cheia da Palavra?

1º - Uma família que guarda e absorve os preceitos do Senhor.
“Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração.” VS. 6

O firme propósito de Deus para a família é que a sua Palavra esteja presente no coração dos seus.
A Bíblia refere-se ao coração como o centro das nossas emoções, intelecto e vontade humana.
Provérbios 4.23 – “Sobre tudo que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem às saídas da vida.”
Meus irmãos, a natureza do coração humano, é uma natureza caída, corrompida e distante de Deus.
Um coração que se entrega a prática da iniqüidade e rejeita a Palavra de Deus corre sério risco de tornar-se um coração endurecido.
Salmos 119.11 – “Escondi a tua Palavra no meu coração para não pecar contra ti.”
Por esta razão, somos orientados a abrir o nosso coração para o Senhor, bem com para sua Palavra, e experimentarmos os benefícios dessa relação com Ele.
Paulo declara explicitamente no NT: “Que a Palavra de Cristo habite em vós abundantemente” (Cl. 3.16).
Em ambos os contextos, vemos como é grande a necessidade de se envolver com os preceitos do Senhor.
Pensando de uma forma prática a Palavra do Senhor deve ser continuamente lida, estudada e meditada, até que ela habite abundantemente dentro de nós.
E quando assim for nossos pensamentos, palavras, ações e motivações serão influenciados e controlados por Deus.
Dessa forma, nossa família receberá os reflexos de uma vida cheia da Palavra.
Salmos 119.165 – “Muita paz tem os que amam a tua lei, e para eles não há tropeço algum.”

F.T: O que é uma família cheia da Palavra?

2º - Uma família que educa a próxima geração nos preceitos do Senhor.
“Tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.” VS. 7

Uma forma vital de expressar o amor de Deus é cuidar do bem-estar espiritual dos filhos.
Salmo 127.3 – “Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão.”
Por essa razão é necessário o esforço dos pais em conduzi-los a um real relacionamento com Deus.
O ensino da Palavra de Deus aos filhos deve ser uma tarefa altamente prioritária de cada pai e cada mãe.
Provérbios 22.6 – “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.”
Ensinar uma criança traz a idéia de um pai que de maneira graciosa investe toda a sabedoria, amor, educação e disciplina que são necessários para que ela se torne alguém plenamente comprometida com Deus.
Este ensinamento das coisas de Deus deve partir do lar, e para tanto, o pai e a mãe devem ser diretamente participantes do crescimento dos seus filhos.
Cultuar a Deus no lar, não é uma opção; pelo contrário, é um mandamento direto do Senhor.
Verso 7 - “Tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.”
O propósito da instrução bíblica pelos pais é ensinar os seus filhos a temerem a Deus, andar pelo seu caminho, amá-lo, serem-lhe gratos todos os dias e a serví-lo de todo o coração.
Veja que Deus tem dado aos pais a mais brilhante tarefa de conduzir seus filhos na educação dos preceitos do Senhor.
Não aos avós, nem escolas, nem o Estado, nem a igrejas, grupo de jovens ou amigos.
Embora cada um desses possa influenciar a vida de seu filho, o dever final continua com os pais.
Eles são a herança do Senhor para vocês.
E uma família cheia da Palavra de Deus permitirá que os filhos cresçam em um ambiente repleto do conhecimento de Deus, em que tudo se relacione com Ele.

F.T: O que é uma família cheia da Palavra?

3º - Uma família envolvida nos preceitos do Senhor.
“Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.” VS. 8-9

Com o passar do tempo, os hebreus começaram a colocar algumas passagens da Torah dentro de rolos ou caixinhas de couro presas a correias e a atá-las à testa, perto do coração e no braço esquerdo durante as orações matinais.
Eles também colocavam estas passagens em pequenas caixas de metal e a fixavam ao lado direito do batente da porta de cada casa.
Estas caixinhas tinham por nome Fláctérios ou Tefilins. Jesus falou sobre isso em Mates 23:5, quando repreendeu os judeus religiosos da época por uma conduta hipócrita. Realizavam seus rituais apenas para serem vistos pelas pessoas, chegavam a alargar seus filactérios e alongavam as franjas de suas vestes.
Com o passar do tempo os judeus começaram a respeitar e a honrar estas caixinhas, tanto quanto as Escrituras.
Seu tamanho era considerado um sinal de zelo espiritual de quem os ostentava.
Tudo isso como uma forma de serem identificados como um povo que vive e cumpri a Palavra de Deus.
Mas será que Deus espera que isso realmente seja feito?
Os fariseus acreditavam que o próprio Deus usava filáctérios.
Por isso, eram considerados como amuletos de boa sorte e proteção contra o mal.
É claro que não acredito que seja errado em se afixar versículos bíblicos nas portas, na geladeira, no armário.
Colocar versículos no papel de parede do computador ou do celular.
Isso tudo é muito bom para que estejamos sempre envolvidos com a Verdade.
No entanto, aquilo que Deus criou para ser apenas um lembrete de fé e marca de devoção, tornou-se um objeto de adoração e ostentação.
Podemos entender a aplicação que temos de fazer através de tudo isso: Atar a Palavra de Deus às nossas mãos para que as mesmas sejam instrumentos nas mãos de Deus.
Temos de "fixar a Palavra diante dos nossos olhos" para que cada vez que viermos a olhar e pensar, façamos isso de acordo com o que Deus quer
Posicionamos as Escrituras "aos cantos da nossa casa, e as nossas portas", para que nossa casa esteja cheia dos princípios de Deus e o nosso lar seja conhecido como um lar que vive e cumpre a Palavra do Senhor.
Meus irmãos o mundo hoje tem muito a oferecer a família, mas se não estivermos preparados, veremos com certeza a nossa família se desintegrar.
Existem muitas coisas para se envolver, mas o que há de melhor, sobretudo para a saúde da família, está contido nas Escrituras.
No meio de uma geração corrompida e perversa, precisamos no preocupar em oferecer a Palavra de Deus dentro dos nossos lares.

Conclusão
Diante de tudo isso que ouvimos somente nos resta uma decisão a ser tomada que será vital para as famílias.
E essa decisão você precisa tomar hoje. Mas por que precisamos tomar esta decisão HOJE?
Porque não é o que você vai fazer no futuro, e sim o que você vai fazer agora pela tua família que vai fazer a grande diferença!
Nunca houve uma época tão propícia, tendo em vista os fortes ataques à família, para se construir sonhos no lar.
Quero te dar um conselho: Investe a tua vida, a tua energia, o teu tempo no bem mais precioso da tua vida: a tua família!
Amados, quantos milhões de pessoas, hoje, no Brasil, têm as suas famílias, as suas casas, os seus sonhos em ruínas?
E sabem por quê? Porque o inimigo sabe que a maioria do povo brasileiro tem pelo menos uma Bíblia em casa, só que a tem enchido de pó numa prateleira.
Muitos não ouvem, não praticam, não criam fundamentos, para que seus lares estejam alicerçados.
Estamos presenciando uma geração que tem se afastado da Bíblia.
Às vezes conversa-se sobre a Bíblia, se defende a Bíblia, louva-se e exalta-se a Bíblia. No entanto conhece-se muito pouco sobre seu conteúdo.
O contato direto de cada família com a Palavra de Deus é o principal meio de fortalecimento espiritual.
É importante entender que não podemos viver nos alimentando da Palavra de vez em quando. O alimento tem que ser constante.
Nenhuma geração foi tão atormentada por questões de sexo, de drogas, de cobiça, de assassinatos, numa idade tão jovem quanto agora.
Hoje, vemos meninas de 10 anos grávidas, jovens de 10, 11 anos fumando maconha, cheirando cocaína.
Às vezes, acontecem coisas terríveis nas escolas: crime, violência, ensino de ateísmo, de teoria da evolução, crianças com atitudes sexuais permissivas, intolerância contra a religião.
E muitos pais apenas fazem vistas grossas quanto a todos esses problemas.
Muitas vezes nos perdemos neste mundo porque deixamos de lado algo tão precioso como a Palavra do Senhor.
Lembre-se sempre de uma coisa: A grande característica de uma família saudável é a sua ardente fome pela Palavra de Deus.

E o que é uma família cheia da Palavra?
1º - Uma família que guarda e absorve os preceitos do Senhor.

2º - Uma família que educa a próxima geração nos preceitos do Senhor.

3º - Uma família envolvida nos preceitos do Senhor.

Sem dúvida alguma, o fundamento para uma família feliz é a Palavra de Deus.
Que Deus possa nos abençoar e produzir no nosso meio uma geração de pais e muitas gerações de filhos cujas vidas e famílias estão ancoradas na Palavra do Senhor, a qual é a única verdade que vive e permanece para sempre.



Ministrado por:
Profº Alysson Diniz R